Veja 10 Dúvidas Frequentes sobre a Mamografia
Caracterizado com um dos exames mais importantes para a saúde da mulher, confira algumas dúvidas frequentes sobre a Mamografia!
Cuidar da saúde feminina vai muito além das visitas ao ginecologista ou de manter hábitos saudáveis. A prevenção é uma aliada indispensável para detectar precocemente diversas condições. E, acima de tudo, quanto mais cedo as mudanças no corpo são identificadas, maiores são as chances de tratamento eficaz e de recuperação plena.
Quando falamos em prevenção, a Mamografia ocupa um papel essencial nesse cuidado. Ainda que seja amplamente recomendada, muitas mulheres têm dúvidas ou receios sobre esse exame. Pensando nisso, reunimos 10 perguntas frequentes para esclarecer tudo o que você precisa saber. Vamos lá?
Qual a Importância da Mamografia para a Vida da Mulher?
A mamografia, à primeira vista, é primordial no acompanhamento da saúde das mulheres. Ela permite identificar alterações na estrutura das mamas, possibilitando a detecção precoce de condições benignas ou malignas. Logo, essa avaliação minuciosa é importante para decisões médicas mais assertivas e para a manutenção do bem-estar feminino.
O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia seja realizada a cada dois anos, em mulheres de 50 a 69 anos. Por outro lado, a Sociedade Brasileira de Mastologia, o Colégio Brasileiro de Radiologia e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) seguem o protocolo da Sociedade Americana de Câncer, orientando o exame anual a partir dos 40 anos.
Contudo, é importante ressaltar que a mamografia pode ser recomendada em idades mais jovens, dependendo de fatores específicos, bem como histórico familiar ou orientação médica. Assim, é fundamental discutir com seu médico o melhor momento para iniciar esse acompanhamento.
Quais Problemas podem Ser Detectados?
Em suma, a mamografia é um procedimento que permite avaliar a saúde das mamas e detectar diferentes alterações que podem surgir ao longo da vida. Nesse sentido, alguns dos problemas que podem ser diagnosticados são:
- Cistos Mamários: Bolsas preenchidas por líquido, geralmente benignas, que podem causar desconforto.
- Fibroadenomas: Nódulos sólidos e não cancerígenos, comuns em mulheres jovens.
- Alterações Hormonais: Modificações na estrutura mamária relacionadas ao ciclo menstrual ou ao envelhecimento.
- Microcalcificações: Pequenos depósitos de cálcio que podem indicar alterações benignas ou requererem investigação adicional.
- Câncer de Mama: Alteração que, quando detectada precocemente, fornece maiores chances de tratamento bem-sucedido e recuperação.
10 Dúvidas Frequentes sobre a Mamografia
É natural que muitas mulheres tenham perguntas sobre a mamografia, seja antes de realizar o exame pela primeira vez ou ao incluir esse cuidado na rotina de saúde. Desse modo, reunimos respostas para as dúvidas mais frequentes, ajudando você a se sentir mais confiante e informada. Confira!
1 – O Exame é dolorido?
A mamografia é um procedimento rápido, mas pode causar um leve desconforto em algumas mulheres, já que a percepção de dor varia de pessoa para pessoa.
Para tornar o exame mais confortável, recomenda-se evitar realizá-lo nas fases do ciclo menstrual em que as mamas estão mais sensíveis. Além disso, conversar com o médico sobre o uso de um analgésico antes do exame pode ajudar a aliviar possíveis incômodos.
2 – Há efeitos colaterais?
É um exame seguro e, geralmente, não causa efeitos colaterais. Algumas mulheres, sobretudo, podem sentir sensibilidade temporária nas mamas após o procedimento.
3 – Pode realizar enquanto estiver menstruada?
A oncologista Marina Sahade, diretora científica do Instituto Oncoguia, recomenda que o melhor momento para realizar a mamografia seja na semana seguinte ao fim da menstruação. No entanto, pode ser realizada durante o período menstrual, embora algumas mulheres possam sentir um pouco mais de incômodo devido à sensibilidade mamária nessa fase do ciclo.
4 – E quanto às mulheres que estão amamentando?
A mamografia não prejudica nem representa risco para a amamentação. No entanto, a eficácia em detectar alterações iniciais pode ser reduzida quando as mamas estão estimuladas pela amamentação.
“Mulheres que estão amamentando e não apresentam sintomas suspeitos podem adiar a mamografia para o momento em que as mamadas estiverem menos frequentes, por exemplo, quando o bebê já estiver se alimentando com sólidos“, indica Sahade.
5 – Prótese de silicone pode atrapalhar?
Essas próteses têm uma densidade que pode dificultar a visualização de lesões localizadas atrás delas. Assim, em mulheres com próteses nas mamas, além das imagens convencionais realizadas em cada mama, são feitas mais duas imagens com uma técnica que desloca a prótese, permitindo uma melhor visualização.
“Apesar disso, a mamografia deve ser realizada anualmente, mesmo pelas mulheres que usem implantes de silicone“, alerta Danielle Matsumoto, do Hospital Israelita Albert Einstein.
6 – Mamografia pode prejudicar o silicone?
Em síntese, o silicone utilizado nos implantes é extremamente flexível, e o risco de ruptura é praticamente inexistente. Segundo a médica Danielle, “os benefícios do diagnóstico precoce do câncer de mama que a mamografia pode trazer superam largamente qualquer possível risco de rotura“.
7 – Existe risco de inflamação nas mamas?
A compressão realizada durante o exame provoca um desconforto momentâneo, que geralmente dura apenas alguns segundos. Embora não seja comum, algumas pacientes que realizam o exame durante o período de maior sensibilidade das mamas, bem como na fase pré-menstrual, podem sentir um incômodo um pouco mais prolongado.
8 – O exame influencia no tamanho da mama?
De modo geral, mulheres mais jovens têm mamas mais densas, o que pode dificultar a visualização de alterações na mamografia. Assim, esse é um dos motivos de o exame ser geralmente recomendado a partir dos 40 anos, quando as mamas começam a apresentar mais tecido adiposo, o que melhora a sensibilidade do exame.
“Mulheres com menos de 40 anos devem seguir a recomendação médica individual, e podem realizar ultrassom e/ou ressonância, de acordo com indicação e história familiar“, orienta a oncologista Marina Sahade.
9 – A radiação do exame representa um risco à mulher?
Eventualmente, a mamografia utiliza Raios-X de baixa energia para criar imagens detalhadas da mama, sendo considerada a técnica mais eficaz para o rastreamento e diagnóstico precoce de condições mamárias.
“A dose de radiação emitida nos exames de mamografia é muito pequena e teria baixíssimo impacto como possível causa de câncer de mama, frente ao grande benefício que este exame traz, com um número de vidas salvas que supera em cerca de 50 vezes qualquer risco trazido pela radiação“, afirma Danielle Matsumoto.
10 – O autoexame de mama substitui a mamografia?
De acordo com Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, o autoexame é importante para que a mulher se familiarize com a aparência e a textura das suas mamas, facilitando a identificação de quaisquer alterações que possam surgir.
Contudo, essa prática não substitui a mamografia. Isso porque o exame de imagem pode captar microcalcificações, pequenas assimetrias e nódulos que podem passar despercebidos apenas com o toque.
Você Sabia? O Ginecologista é Vital no Acompanhamento da Saúde das Mamas
Além de realizar o exame físico das mamas durante as consultas de rotina, o ginecologista está apto a identificar sinais de possíveis alterações e recomendar exames complementares, como a mamografia. Ele é igualmente essencial na análise de fatores de risco pessoais e familiares, ajudando a mulher a adotar medidas preventivas para proteger sua saúde mamária.
Ao promover o diagnóstico precoce de condições benignas e malignas, esse especialista contribui significativamente para a saúde da mulher. Através de um acompanhamento regular e a realização de exames periódicos, ele pode detectar alterações nas mamas em estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz.
Da mesma forma, o ginecologista fornece suporte emocional e esclarece dúvidas sobre a mamografia, por exemplo, orientando a paciente quanto à importância dos cuidados preventivos. Isso fortalece a confiança da mulher em buscar ajuda médica e seguir as recomendações, garantindo um cuidado integral e eficiente.
Como Realizar o Autoexame das Mamas?
O autoexame de mama é uma prática simples e importante que pode ajudar a mulher a identificar mudanças nas mamas de forma precoce. Realizado regularmente, ele auxilia na percepção de alterações que podem precisar de uma avaliação médica mais detalhada. Saiba como realizá-lo:
- Escolha um Momento Regular: Para garantir que o exame seja feito de forma consistente, defina um dia fixo do mês, preferencialmente uma semana após o fim do ciclo menstrual. Se você não menstrua, escolha um dia que se repita mensalmente.
- Em Frente ao Espelho: Comece na frente de um espelho, com os braços relaxados ao longo do corpo. Observe atentamente os seios, buscando sinais de assimetrias, alterações na textura da pele ou mudanças na coloração.
- Exame deitada: Deite-se de costas e coloque a mão direita atrás da cabeça. Use os dedos da mão esquerda para examinar o seio direito, fazendo movimentos circulares suaves e pressionando levemente para explorar toda a mama, incluindo a região da axila. Repita o processo no seio esquerdo, trocando a mão atrás da cabeça.
- Verifique os Mamilos: Por fim, aperte suavemente os mamilos para verificar se há secreção anormal. Fique atenta a qualquer dor, caroços, inchaços ou alterações na textura dos seios.
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