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Dados de Tumores Ginecológicos: 4 entre 10 são do Colo do Útero

Segundo aponta pesquisa com dados de tumores ginecológicos, o câncer do colo do útero ainda tem alta prevalência entre as mulheres

 

O câncer de colo do útero é uma das doenças mais preveníveis entre os tumores ginecológicos, mas ainda assim representa um desafio importante para a saúde da mulher. De antemão, ele se desenvolve de forma silenciosa na maioria dos casos, o que eventualmente reforça a importância do acompanhamento regular e do rastreamento precoce.

A boa notícia é que o Brasil tem avançado nesse sentido. O exame HPV-DNA já começou a ser realizado no Sistema Único de Saúde (SUS), potencializando o rastreamento da doença no país. Além disso, o Ministério da Saúde anunciou um aumento na cobertura da vacina contra o vírus HPV, responsável por diversos tipos de câncer, bem como o de colo do útero.

Fique por Dentro dos Dados de Tumores Ginecológicos Atualizados

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No mundo, o câncer de colo do útero representa cerca de 662 mil casos dos 1,4 milhão de tumores ginecológicos registrados anualmente. Em suma, isso equivale a 45% de todos os cânceres que afetam o sistema reprodutor feminino. O levantamento é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) com base nos dados do Globocan, da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da OMS (IARC).

No Brasil, por sua vez, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, em 2025, deve-se diagnosticar 17.010 casos de câncer de colo do útero, 7.840 de câncer de endométrio e 7.310 de câncer de ovário. Outros tipos, mais raros, bem como câncer de vulva e vagina, estão incluídos na categoria de “outras neoplasias”, sem divulgação de números específicos.

Quando descoberto precocemente, esse tipo de câncer apresenta chances de cura superiores a 90%. O tratamento pode envolver cirurgia para remoção da lesão, radioterapia e/ou quimioterapia. Sobretudo, quanto mais cedo o tumor é identificado, menos invasivo será o tratamento e menor o impacto físico e emocional para a paciente.

Entre os Mais Comuns nas Mulheres

De acordo com os dados do INCA, o câncer de colo do útero é o mais frequente entre os tumores ginecológicos e ocupa o terceiro lugar entre todos os tipos de câncer em mulheres. Ele fica atrás apenas dos cânceres colorretal e de mama (excluindo os casos de câncer de pele não melanoma).

Essa alta incidência, porém, pode ser revertida com maior adesão às medidas de prevenção e a otimização do fluxo para tecnologias já disponíveis no Sistema Único de Saúde, como a vacina contra o HPV e o exame HPV-DNA.

Tal exame possibilita identificar 14 genótipos do papilomavírus humano antes que eles provoquem lesões no colo do útero. Diferentemente do Papanicolau, que detecta alterações celulares já provocadas pelo vírus, o DNA-HPV rastreia diretamente o material genético do vírus, permitindo identificar infecções mesmo em mulheres assintomáticas.

Cenário da Vacinação contra o HPV no Brasil

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O Ministério da Saúde anunciou em agosto deste ano que o Brasil alcançou uma cobertura vacinal de mais de 82% contra o HPV entre meninas de 9 a 14 anos em 2024. Isso supera a média global de 12%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os meninos da mesma faixa etária, a cobertura chegou a 67%, mostrando avanços importantes na prevenção de doenças associadas ao vírus.

A vacina protege contra diversos tipos de câncer relacionados ao HPV, incluindo colo do útero, ânus, pênis, garganta e pescoço, por exemplo, além de verrugas genitais. Em 2022, a cobertura entre meninas estava pouco acima de 78%, e o crescimento reflete o compromisso do Brasil com a OMS para atingir 90% até 2030, meta incluída no plano de erradicação do câncer de colo do útero.

Além de priorizar a vacinação das meninas de 9 a 14 anos, o país ampliou estratégias incluindo os meninos no público-alvo. A cobertura entre eles saltou de 45,46% para 67,26% em apenas dois anos. Enfim, outra ação importante é o resgate vacinal, que em 2024 identificou 7 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos ainda não vacinados contra o HPV.

Qual a Meta da OMS?

A Organização Mundial da Saúde (OMS), acima de tudo, definiu três ações para eliminar o câncer de colo do útero como um problema de saúde pública até 2030. Essas ações funcionam como pilares complementares que, juntos, podem transformar a prevenção e o controle da doença:

  1. Vacinação: Assegurar que 90% das meninas entre 9 e 14 anos recebam a vacina contra o HPV;

  2. Rastreamento: Alcançar 70% das mulheres de 35 a 45 anos com exames de DNA-HPV, capazes de detectar o vírus antes que ele cause lesões;

  3. Tratamento: Garantir que 90% das mulheres com lesões iniciais recebam o cuidado necessário para evitar a progressão da doença.


Desse modo, com a integração desses pilares — imunização, rastreio eficiente e tratamento precoce — o Brasil tem potencial para se tornar referência internacional no combate ao câncer de colo do útero.

Referência: Portal Medicina S/A.


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