- 6 de janeiro de 2023
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A diferença entre a Conjuntivite e Uveíte
Mesmo que ambas deixem os olhos avermelhados, a Conjuntivite e Uveíte tem diferenças marcantes
Muitas pessoas, quando percebem seus olhos avermelhados e com maior sensibilidade à luz, já atribuem esses sintomas a conjuntivite. Porém, mesmo que esse diagnóstico possa não estar errado, existe outra doença, mais grave, que pode estar gerando esse sintoma, chamada uveíte.
O problema se dá por conta de uma inflamação no que chamamos de tecido uveal, composto pela íris, corpo ciliar e coróide. Existem diversas possibilidades para o desenvolvimento da doença, devido agentes infecciosos, como toxoplasmose (conhecida como a principal causa), sífilis, tuberculoses ou alguma outra doença autoimune.
Entenda no texto abaixo as diferenças entre a Conjuntivite e a Uveíte e como prevenir-se! Vem com a gente!
O que é conjuntivite?
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, camada fina de mucosa que recobre a parte branca do olho e a pálpebra. Geralmente, a doença ataca os dois olhos, podendo durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas.
A patologia pode se manifestar de diversas formas, entretanto, a mais comum está na infecção por agentes patogênicos. Agentes estes que são sobretudo bactérias, vírus e fungos.
Sintomas da conjuntivite
Por se manifestar de maneiras e motivos diferentes, os sintomas podem variar, as formas mais comuns são:
- Bacteriana: É a mais recorrente, com a transmissão realizada através do contato direto com superfícies contaminadas e possui sintomas caracterizados pela secreção amarela e inchaço das pálpebras.
- Viral: Manifesta os sintomas mais leves, como sensibilidade à luz, coceira, secreção mais fina e esbranquiçada. Entretanto, pode ser transmitida pelos vírus encontrados em espirros ou tosse.
- Alérgica: Essa versão se manifesta quando há contato com poeira, pelos de animais ou pólen e, em geral, não é transmissível como as outras. Seus sintomas são: dor, vermelhidão, inchaço e coceira nos olhos, sensação de areia ou de corpo estranho nos olhos, entre outros.
Diagnóstico e Tratamento
É necessário passar no Oftalmologista para que o tratamento indicado seja feito e para evitar possíveis complicações no quadro. O diagnóstico da patologia é feito pelo exame de lâmpada de fenda (uma fonte de luz de alta intensidade que pode ser focada para brilhar como uma fenda), também conhecido como biomicroscopia.
Para tratar a conjuntivite, é necessário seguir alguns passos como lavar os olhos e fazer compressas com água gelada filtrada ou com soro fisiológico. Não existem medicamentos específicos para a conjuntivite viral. Mas, acima de tudo, não se automedique e evite o uso de colírios.
O que é uveíte?
A uveíte é um problema oftalmológico caracterizado por inflamação na íris, no cristalino e/ou na coróide. É conhecida como uma doença inflamatória que pode comprometer a úvea.
Classificada também como anterior, intermediária e posterior, assim, depende do segmento ocular em que o distúrbio se manifesta, podendo ocorrer um olho ou nos dois olhos.
A patologia deve ser tratada rapidamente, pois pode levar complicações como catarata, glaucoma, perda progressiva da visão e até cegueira.
Causas
- Infecção por vírus, bactérias e fungos;
- Doenças sistêmicas, como toxoplasmose, inclusive a toxoplasmose congênita, herpes simples, citomegalovírus, tuberculose, sífilis;
- Moléstias reumatológicas, por exemplo, artrite reumatoide, lúpus eritematoso;
- Corpos estranhos e traumas oculares;
- Leucemias e linfomas.
Sintomas da uveíte
Dentre as uveítes, a uveíte anterior aguda, normalmente é a mais sintomática, os sintomas mais aparentes no exame clínico são:
- Hiperemia (olho vermelho);
- Fotofobia (sensibilidade à luz);
- Dor;
- Visão turva, embaçada;
- Pequenos pontos escuros que se movimentam.
Diagnóstico e Tratamento
Para o diagnóstico detalhado, a consulta no Oftalmologista é o mais indicado, assim exames de oftalmoscopia indireta ou mapeamento da retina permite a identificação do acometimento da retina, da coróide e do nervo óptico. Além disso, o médico pode solicitar exames de sangue para identificar se o desenvolvimento da uveíte tem relação com outros agentes infecciosos ou uma resposta autoimune no organismo.
A conduta terapêutica varia com o tipo de uveíte, a consulta no oftalmologista é altamente indicada pois o tratamento ocular promove o alívio dos sintomas. Porém, pode ser necessário antibióticos, antivirais e antifúngicos e até o uso tópico de colírios específicos.
Contudo, na sua forma autoimune, é preciso descrever corticoides e imunomoduladores, geralmente por tempo prolongado. Por outro lado, no caso da uveíte anterior, é possível indicar anti-inflamatórios para preservar a anatomia do olho.
Conjuntivite e Uveíte: qual a diferença?
Embora as duas enfermidades sejam relacionadas à inflamação, a conjuntivite é a mais comum e afeta homens e mulheres em igual proporção. Já a uveíte é mais rara e atinge, principalmente, homens adultos.
A principal diferença é o local em que se manifesta. A uveíte é um quadro relacionado à inflamação intraocular, ou seja, dentro do olho, e não mais ligado à inflamação da superfície. Já a conjuntivite pode afetar várias partes do olho, como a íris, a córnea, a conjuntiva e a esclera.
Outra grande diferença está no fato que a uveíte não é contagiosa como a conjuntivite, mas caso não seja tratada da forma correta, ela pode dar passagem para o aparecimento da catarata e do glaucoma, por exemplo, ou ainda alterar a anatomia do olho, o que também acarreta em perda da visão.
Como prevenir
- Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes;
- Lavar com frequência o rosto e as mãos uma vez que estas são veículos importantes para a transmissão de micro-organismos patogênicos;
- Evitar coçar os olhos com frequência;
- Aumentar a frequência com que troca as toalhas do banheiro ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;
- Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a crise;
- Não compartilhar esponjas, rímel, delineadores ou qualquer outro produto de beleza.
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