Entenda como a terapia de reposição hormonal voltou ao debate sobre saúde feminina

Um novo estudo publicado na revista “Canadian Medical Association Journal”, em 17/05, destaca a importância da terapia de reposição hormonal, recomendando seu uso para aqueles que não possuem fatores de risco. A Dra. Iliana Lega, professora da Universidade de Toronto (Canadá) e coautora do estudo, explica:

“A perimenopausa e a pós-menopausa podem causar sofrimento físico e mental. Apesar das várias opções de intervenção disponíveis, o medo relacionado aos riscos da terapia de reposição hormonal, combinado com a falta de conhecimento sobre alternativas, impediu que muitas pacientes recebessem qualquer forma de tratamento.”

O estudo O Women’s Health Initiative, completou 21 anos, lançou dúvidas sobre a reposição hormonal, mas foi questionado devido a falhas em seu encaminhamento. No entanto, os danos foram significativos: muitos médicos deixaram de prescrever o tratamento para suas pacientes com base nessas informações.

Os benefícios 

O levantamento listou os principais benefícios da reposição:

• • Pacientes com sintomas moderados a severos podem experimentar uma redução de até 90% nas ondas de calor.

• • Além disso, a terapia de reposição hormonal pode melhorar o perfil lipídico e possivelmente diminuir o risco de diabetes tipo 2.

• • Outro benefício é a redução do risco de fraturas ósseas.

Os contras

Os contras vistos foram: 

• • Estudos anteriores indicaram um aumento do risco de câncer de mama associado à terapia. No entanto, para mulheres entre 50 e 59 anos e aquelas que iniciam a reposição hormonal nos primeiros dez anos após a menopausa, considera-se esse risco baixo.

• • Por outro lado, pesquisas demonstram que mulheres acima de 60 anos que iniciam a reposição hormonal dez anos após a menopausa têm um aumento nas chances de sofrer um acidente vascular cerebral (derrame).

• • Para aquelas que apresentam fatores de risco, como histórico de câncer de mama ou subtipos específicos de câncer endometrial, doença coronariana ou mutação pró-trombótica, ou para aquelas que optam por não fazer a terapia de reposição hormonal, existem opções de terapias não hormonais disponíveis para aliviar os sintomas da menopausa.

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