- 24 de junho de 2025
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Alerta: Alta Mortalidade por Câncer de Mama e Útero no Brasil
Pesquisa aponta uma crescente mortalidade por câncer de mama e útero no país, com maior incidência em mulheres mais jovens!
Nos últimos anos, dados de saúde pública têm acendido um sinal de alerta em todo o Brasil. A taxa de mortalidade por câncer de mama e de colo do útero, que já havia apresentado queda significativa nas décadas anteriores, voltou a crescer — principalmente entre mulheres mais jovens.
A tendência, identificada inicialmente no estado de São Paulo, agora se confirma em outras regiões do país. Logo, isso aponta falhas no atual modelo de rastreamento e no acesso oportuno ao tratamento.
Frente a esse desafio, então, iniciativas como o projeto ConeCta-SP — que propõe rastreamento ativo e monitoramento contínuo — surgem como alternativas promissoras para reverter a crescente mortalidade e proteger a vida de milhares de brasileiras.
Combate à Mortalidade por Câncer de Mama e Útero no País
O estado de São Paulo, nesse sentido, iniciou uma reformulação significativa na estratégia de rastreamento dessas doenças. O projeto ConeCta-SP surge como uma iniciativa pioneira, desenvolvida por pesquisadores da Fundação Oncocentro de São Paulo (Fosp) em parceria com universidades paulistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Utilizando uma plataforma informatizada, as equipes de saúde das Unidades Básicas de Saúde (UBS) passam a acessar dados cruzados entre o Ministério da Saúde e os registros municipais. O intuito, assim, é o de localizar moradoras na faixa etária recomendada para os exames preventivos.
Eventualmente, essas mulheres são chamadas, de forma personalizada, para realizar a mamografia e o exame de Papanicolau nos momentos mais indicados. Sobretudo, também serem acompanhadas em caso de necessidade de exames complementares ou tratamento.
O Que Explica esse Aumento?
Um dos principais problemas é o atraso tanto na realização dos exames quanto no início do tratamento. Assim, dados recentes do DataSUS revelam que mais de 40% dos casos de câncer de mama e quase metade das neoplasias cervicais são tratados após o período determinado por lei.
Além disso, estudos apontam disparidades regionais e étnicas no acesso e nos desfechos da doença. As mulheres negras, por exemplo, apresentam um aumento proporcionalmente maior na taxa de mortalidade por câncer de mama em relação às brancas, apesar de registrarem menos casos.
Fatores como medo, desinformação, constrangimento, barreiras logísticas e falhas de organização no sistema de saúde foram igualmente citados por centenas de mulheres entrevistadas na fase inicial do ConeCta-SP.
“Esses dados mostram que o Brasil está longe de alcançar a meta proposta em 2020 pela OMS de eliminar as mortes por câncer cervical como problema de saúde pública. Para isso, seria preciso baixar o número de casos novos por ano, a taxa de incidência, para 4 casos em cada 100 mil mulheres. Hoje, essa taxa é de 15,4 por 100 mil e a de mortalidade é de 5,8 por 100 mil no país.”
Andreia de Melo, Oncologista
Como Mudar esse Cenário?
Diversos fatores contribuem para esse quadro, mas também existem soluções viáveis que já vêm sendo implementadas em algumas regiões do país com resultados promissores. Portanto, destacamos algumas:
Fortalecer campanhas educativas permanentes: Informar a população de forma contínua e acessível sobre a importância dos exames preventivos, desmistificando o medo e o constrangimento ainda presentes.
Integrar sistemas de informação em saúde: Unir dados entre União, estados e municípios permite rastrear melhor os grupos de risco, agilizar encaminhamentos e garantir acompanhamento após o diagnóstico.
Ampliar a cobertura dos exames preventivos: Tornar o acesso à mamografia e ao exame de Papanicolau mais fácil, rápido e frequente, principalmente nas regiões com menor cobertura e em grupos populacionais mais vulneráveis.
Acelerar o início do tratamento: Reduzir o tempo entre o diagnóstico e o início da terapia é crucial para aumentar as chances de cura e evitar o agravamento dos casos.
Expandir iniciativas como o ConeCta-SP: Valorizar programas de rastreamento ativo, como o de Mococa, e adaptar o modelo para outras localidades, com tecnologia e equipes capacitadas para acompanhar a paciente em todas as etapas.
Referência: CNN Brasil.
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