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Alzheimer: entenda sobre o medicamento experimental que gerou resultados no início da doença

Saiba no artigo os detalhes de um medicamento experimental que conseguiu retardar a doença de Alzheimer

O Alzheimer é uma doença que atinge mais de 55 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), entretanto, os medicamentos atuais ainda não conseguem agir diretamente nos mecanismos que causam as doenças. Atualmente, os remédios só retardam a progressão dos sintomas. 

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Porém, esse cenário pode mudar nos próximos anos com o desenvolvimento de um medicamento contra o Alzheimer que age contra o acúmulo de proteínas que se formam no cérebro do paciente. Assim, conseguindo definitivamente retardar a doença. 

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Mas afinal, qual medicamento é esse? É o lecanemabe,  um medicamento que, em experimentos com voluntários, demonstrou a capacidade de desacelerar a destruição do cérebro pela doença. 

Quer entender mais sobre o medicamento contra o Alzheimer? Leia o artigo de hoje! 

A pesquisa

A pesquisa publicada em novembro de 2022 na revista científica New England Journal of Medicine (Massachusetts, EUA) representa um marco no combate ao Alzheimer, a forma mais comum de demência, após décadas de fracassos em tratamentos experimentais.

No entanto, embora promissor, o medicamento chamado lecanemab apresentou algumas limitações: seu efeito foi moderado e trouxe consigo certos riscos. Exames de imagem revelaram que 17% dos participantes apresentaram hemorragias cerebrais, enquanto 13% apresentaram inchaço cerebral. Além disso, 7% dos voluntários precisaram abandonar o estudo devido aos efeitos colaterais.

O medicamento 

O remédio tem como alvo a acumulação da beta-amiloide, uma substância pegajosa que se forma no cérebro de pessoas com Alzheimer. A droga demonstrou ser eficaz nos estágios iniciais da doença, o que significa que muitas pessoas não se beneficiaram dela, pois o diagnóstico geralmente ocorre apenas quando os sinais estão em estágios relativamente avançados.

O lecanemab, um anticorpo projetado para estimular o sistema imunológico a eliminar a amilóide do cérebro, é semelhante aos anticorpos produzidos pelo corpo para combater vírus ou bactérias.

A amiloidose é uma proteína que se acumula nos espaços entre os neurônios do cérebro, formando placas características da doença de Alzheimer.

Um estudo abrangente envolvendo 1.795 voluntários em estágio inicial da doença de Alzheimer foi realizado, no qual infusões de lecanemab foram administradas a cada duas semanas.

Os resultados desse medicamento contra o Alzheimer, apresentados na conferência Clinical Trials on Alzheimer’s Disease em São Francisco, nos Estados Unidos, não revelaram uma cura milagrosa. A doença continuou a causar deterioração das funções cerebrais dos indivíduos, mas o declínio foi desacelerado em aproximadamente um quarto ao longo dos 18 meses de tratamento.

O que é a doença de Alzheimer? 

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A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas idosas, cuja causa ainda é desconhecida, embora haja uma crença de que tenha uma base genética.

A doença se manifesta quando o processamento de certas proteínas no sistema nervoso central começa a falhar. Isso resulta na formação de fragmentos tóxicos de proteínas mal processadas dentro dos neurônios e nos espaços entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre uma perda progressiva de neurônios em áreas específicas do cérebro, como o hipocampo, responsável pela memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem, raciocínio, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

Os sintomas da doença de Alzheimer incluem:

  • Perda de memória para eventos recentes;
  • Repetição frequente das mesmas perguntas;
  • Dificuldade em acompanhar conversas ou pensamentos complexos;
  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
  • Dificuldade em dirigir automóveis e encontrar caminhos familiares;
  • Dificuldade em encontrar palavras para expressar ideias ou sentimentos pessoais;
  • Irritabilidade, desconfiança infundada, agressividade, passividade, interpretações incorretas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

A doença de Alzheimer geralmente progride lentamente. A expectativa média de sobrevida após o diagnóstico varia entre 8 e 10 anos. O quadro clínico divide-se em quatro estágios:

  • Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, personalidade e habilidades visuais e espaciais;
  • Estágio 2 (forma moderada): dificuldade em falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia;
  • Estágio 3 (forma grave): resistência em executar tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para se alimentar e deficiência motora progressiva;
  • Estágio 4 (terminal): confinamento ao leito, mutismo, dor ao engolir e ocorrência de infecções secundárias. 

O tratamento 

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A doença de Alzheimer é incurável, e o objetivo do tratamento é retardar a progressão da doença e preservar as funções intelectuais pelo maior tempo possível. Os melhores resultados são alcançados quando o tratamento é iniciado nas fases iniciais.

Em uma doença progressiva como essa, nem sempre é fácil avaliar os resultados. Assim, é crucial que os familiares utilizem um diário para registrar a evolução dos sintomas. Houve melhora na memória? As tarefas diárias estão sendo realizadas com mais facilidade? O quadro clínico está estável? O declínio está ocorrendo de forma mais lenta desde o início do tratamento? Sem esses registros, é impossível avaliar a eficácia do tratamento.

Após o início do tratamento, é necessário que o Neurologista faça uma reavaliação após um mês, mas o tratamento deve ser mantido obrigatoriamente por um período mínimo de 3 a 6 meses para se obter uma noção de sua eficácia. Enquanto houver uma resposta favorável, não interrompa o medicamento, sendo essencial tomar diariamente nas doses prescritas e seguir os intervalos recomendados. A administração irregular compromete os resultados do tratamento.

O diagnóstico 

Atualmente, o diagnóstico da doença de Alzheimer é realizado por meio de uma entrevista médica detalhada e pela exclusão de outras doenças por meio de exames de sangue e de imagem, como Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética. Além disso, realiza-se uma avaliação neuropsicológica expandida ou computadorizada . Ainda não existe um marcador biológico específico da doença ou um único exame que possa fornecer ao médico um diagnóstico definitivo. No entanto, avanços recentes em laboratórios têm aprimorado a precisão do diagnóstico.

Tenha o suporte necessário com a SPX Clínica 

Em conclusão, o diagnóstico da doença de Alzheimer continua sendo um desafio para os profissionais da saúde. No entanto, por meio de uma abordagem multidisciplinar, incluindo entrevistas médicas, exames de sangue, de imagem e avaliações neuropsicológicas, é possível obter uma avaliação mais precisa. 

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