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Alzheimer Pode Ser Transmissível? Veja O Que Diz Estudo

Tratamento realizado com pacientes, entre 1959 e 1985, sugere que o Alzheimer pode ser transmissível por meio iatrogênico. Saiba mais!

 

Cinco indivíduos tratados com hormônio de crescimento derivado da hipófise desenvolveram problemas cognitivos consistentes com o diagnóstico de Alzheimer. Essa descoberta, proveniente de um estudo publicado na Nature Medicine, levanta a possibilidade de que o Alzheimer pode ser transmissível clinicamente. Esses pacientes receberam o tratamento durante a infância, entre os anos de 1959 e 1985.

Embora seja um resultado raro devido à proibição desse tratamento hormonal atualmente, a descoberta sugere que o Alzheimer pode ser adquirido como uma consequência iatrogênica de procedimentos médicos. No entanto, não há evidências que sugiram a transmissão da doença em outras circunstâncias.

Como o Alzheimer Pode Ser Transmissível?

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De antemão, entre 1959 e 1985, aproximadamente 1.848 pacientes foram submetidos a tratamento com hormônio de crescimento humano extraído de glândulas pituitárias de cadáveres (c-hGH) no Reino Unido.

Essa prática foi proibida globalmente após a descoberta de que alguns desses pacientes receberam hormônio contaminado por príon, um agente infeccioso composto por proteínas, resultando no desenvolvimento subsequente da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ).

Pesquisas anteriores, conduzidas após o falecimento dos pacientes, revelaram que alguns dos indivíduos contaminados apresentavam uma quantidade significativa da proteína beta-amiloide no cérebro, um biomarcador do Alzheimer. Contudo, não havia evidências de que essas pessoas manifestassem sintomas da doença antes de seu óbito, possivelmente devido à sobreposição dos sintomas da DCJ.

Estudo Recente

Uma pesquisa recente investigou oito indivíduos do Reino Unido que receberam tratamento com c-hGH durante a infância, mas não desenvolveram DCJ. Cinco desses pacientes apresentaram sintomas de demência de início precoce, entre 38 e 55 anos de idade. Estes sintomas incluíam comprometimento progressivo da cognição, o suficiente para impactar suas atividades diárias.

Dos três pacientes restantes analisados no estudo atual, um apresentou sintomas leves de comprometimento cognitivo, outro teve apenas sintomas cognitivos subjetivos que não atenderam aos critérios para Alzheimer, e o terceiro estava assintomático.

A análise de biomarcadores, bem como a presença de proteínas beta-amiloide no cérebro, apoiou o diagnóstico de Alzheimer em dois dos pacientes sintomáticos, enquanto levantou suspeitas em outro paciente. Além disso, amostras de tecido cerebral foram examinadas em dois pacientes que faleceram durante o período do estudo atual, sendo que um deles também foi diagnosticado com Alzheimer.

Considerações dos Especialistas

Por fim, os testes genéticos para genes relacionados à doença resultaram negativos nos cinco pacientes analisados. Segundo os autores, esses resultados sugerem que o Alzheimer pode ser potencialmente transmitido, propondo que, assim como a DCJ, a patologia pode apresentar formas hereditárias, esporádicas e raras de aquisição.

No entanto, os pesquisadores enfatizam que a transmissão iatrogênica é rara, principalmente porque o tratamento hormonal com c-hGH não é mais utilizado em todo o mundo. Ainda assim, os pacientes do estudo desenvolveram os sintomas de Alzheimer após exposição repetida ao hormônio ao longo de vários anos.


Referência: CNN Brasil.

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