A trombectomia contra o AVC deve ser implantada até o final do ano no SUS

Marcelo Queiroga, atual Ministro da Saúde, anunciou a inclusão da trombectomia nos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É um tratamento especializado usado na fase aguda do Acidente Vascular Cerebral. Até o final do ano a tecnologia deve ser completamente implantada.

Como funciona

A trombectomia mecânica consiste na introdução de um cateter que vai até o ponto de oclusão responsável pelo AVC. Assim, na ponta desse cateter há um “stent retriever” capaz de aderir ao trombo e resgatá-lo, o que desobstrui o vaso acometido. 

Porém, para conseguir chegar nesse ponto, o vaso necessita ser relativamente calibroso (ser um grande vaso). Assim, a presença de uma oclusão proximal (também conhecida de oclusão de grande vaso) é um pré-requisito na indicação da trombectomia mecânica. 

Como será a implementação? 

De acordo com o Ministro da Saúde, são 88 centros do Brasil que realizam o tratamento especializado, porém nem todos terão a tecnologia em um primeiro momento. Por isso é uma implementação feita por degraus.  Assim, só estará disponível nos centros onde há qualificação técnica de equipes e profissionais habilitados. 

Antes da sua aprovação, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) avaliou a tecnologia. Publicou-se a portaria pela Secretaria de Ciência e Tecnologia. A portaria foi publicada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), do Ministério da Saúde, a terceira fase ainda está em fase de conclusão, que é disponibilizar o exame nos hospitais especializados.

Os critérios para a escolha dos locais serão os indicadores de cada local, como: 

• Dados de mortalidade por AVC;
• Tempo de internação no hospital;
• Reinternações;
• Pacientes tratados com trombolíticos;
• Experiência dos médicos. 

 Atenção ao AVC 

Marcelo Queiroga ainda acrescentou que “ Essa é a maneira mais eficaz de reduzir óbitos por AVC, mas aqueles que têm precisam de terapia para aprofundar a artéria que está obstruída levando à doença. Isso se faz com trombolíticos, que são os medicamentos que dissolvem o coágulo, ou então com a trombectomia. É como acontece no infarto, mas a logística do AVC é mais complexa porque temos menos tempo”

O AVC acontece quando os vasos sanguíneos entopem ou se rompem, o que provoca a paralisia da área cerebral da área sem circulação. Dessa forma, existem dois tipos: o AVC Hemorrágico e o AVC Isquêmico. 

O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos registrados. Já o hemorrágico é responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas esse tipo geralmente causa mais mortes.