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Estudo: Baixa Flexibilidade do Corpo Pode Levar a Morte Precoce

Segundo pesquisadores brasileiros, a baixa flexibilidade do corpo e amplitude dos movimentos estão associadas à morte precoce

 

A flexibilidade do corpo, frequentemente subestimada, pode ter relação na longevidade, segundo pesquisa realizada no Brasil. O estudo, publicado no prestigiado periódico Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, sugere que a capacidade de “esticar” e utilizar plenamente a amplitude de movimentos das articulações, tendões e músculos pode ser um indicador significativo de expectativa de vida.

O estudo analisou dados de 3.139 homens e mulheres, com idades entre 46 e 65 anos. Logo, apontou uma correlação preocupante entre baixa flexibilidade corporal e aumento do risco de morte precoce.

Essa pesquisa, conduzida pela Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex) no Rio de Janeiro, envolveu a colaboração de instituições renomadas do Reino Unido, Estados Unidos, Finlândia e Austrália.

Avaliação sobre a Baixa Flexibilidade do Corpo e Longevidade

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Após um período de acompanhamento médio de 12 anos, 302 participantes do estudo faleceram. Após realizar ajustes estatísticos e excluir mortes relacionadas à covid-19 ou causas externas, os pesquisadores concluíram que a flexibilidade corporal está “inversamente associada” à mortalidade.

Os dados do estudo indicam que homens e mulheres com baixos índices de flexibilidade apresentaram um risco 1,87 e 4,78 vezes maior de morrer, respectivamente, em comparação com aqueles que tiveram bons resultados na avaliação.

A flexibilidade foi definida pelos pesquisadores como “a amplitude máxima de movimento de uma determinada articulação”. Ou seja, a capacidade de uma junta, como tornozelos, punhos e joelhos, de dobrar, esticar, abrir e se mover.

Realização do ‘Teste de Flexibilidade’

Para avaliar a flexibilidade dos pacientes, a equipe utilizou o Flexitest, um método criado pelo médico Claudio Gil Araújo, autor principal do estudo e diretor da Clinimex. Araújo desenvolveu essa técnica durante seu doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nos anos 1980.

O Flexitest analisa 20 movimentos realizados por sete articulações diferentes — tornozelo, joelho, quadril, tronco, punho, cotovelo e ombro. Para cada movimento, o médico atribui uma nota de zero a quatro.

O exame não requer aparelhos ou tecnologia específica; o especialista apenas avalia cada junta no próprio consultório, o que, segundo Araújo, leva apenas alguns minutos.

“A nota dois é a média, dada para a maioria das pessoas. Um representa uma amplitude um pouco menor, e três, um pouco maior. O zero é raro, porque significa que aquele indivíduo não possui praticamente nenhuma mobilidade naquela articulação. Já o quatro é algo muito acima, uma flexibilidade digna de integrantes do Cirque Du Soleil.”

– Claudio Gil Araújo

Qual a Relação entre Flexibilidade do Corpo e Morte Precoce?

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O médico esclarece que a metodologia da pesquisa não permite avaliar os mecanismos específicos ou estabelecer uma relação direta de causa e efeito entre baixa flexibilidade e mortalidade, embora algumas especulações sejam possíveis.

Indivíduos com maior rigidez enfrentam dificuldades com mobilidade e autonomia, o que pode levar a uma maior frequência de quedas e perda de independência. […] Esses indivíduos muitas vezes evitam atividades por medo de se machucar, e a inatividade física resultante agrava ainda mais a flexibilidade, criando um ciclo de deterioração“, aponta Araújo.

Atualmente, instituições de saúde, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomendam pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada a vigorosa por semana, o que equivale a cerca de 30 minutos diários durante cinco dias da semana. A OMS ainda estima que um terço dos adultos e 81% dos adolescentes não realizam atividades físicas suficientes.


Referência: Portal G1.

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