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Como Biomarcadores podem Detectar Câncer de Próstata?

Entenda de que forma alguns biomarcadores podem detectar câncer de próstata e oferece suporte ao exame de PSA

 

O câncer de próstata, a princípio, representa uma das maiores ameaças à saúde do homem. Trata-se do segundo tipo de câncer mais frequente na população masculina, ficando atrás apenas do câncer de pele. Além disso, ocupa o segundo lugar entre as principais causas de morte por câncer entre os homens, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de 71.730 novos casos por ano entre 2023 e 2025 no Brasil. Globalmente, o número de diagnósticos pode crescer até 136% nas próximas décadas, impulsionado pelo envelhecimento populacional e por estilos de vida cada vez mais sedentários.

Nesse sentido, os tratamentos mais comuns incluem medicamentos que reduzem ou bloqueiam a ação da testosterona, além de terapias hormonais e procedimentos cirúrgicos. No entanto, os biomarcadores moleculares vêm se destacando como promissores.

Avanço: Biomarcadores podem Detectar Câncer de Próstata

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Alguns biomarcadores moleculares complementam o exame de PSA na detecção do câncer de próstata, aumentando a precisão do diagnóstico. Assim, avanços recentes na pesquisa interdisciplinar, que envolve medicina molecular e urologia clínica, abrem caminhos promissores para prolongar a vida dos pacientes e melhorar significativamente a qualidade de vida.

Em 1994, o cientista Jerry Shay descobriu a atividade da enzima telomerase — uma enzima capaz de produzir DNA a partir de RNA como molde. Ela está presente em mais de 90% dos cânceres humanos, mas ausente em tecidos somáticos saudáveis.

Sendo assim, diversos estudos confirmaram que a telomerase é uma enzima específica do câncer. Em suma, ela confere às células tumorais a capacidade de autorrenovação infinita e desempenha um papel fundamental na gênese e no desenvolvimento do tumor.

Biomarcadores Epigenéticos: Uma Nova Fronteira

Um extenso estudo sobre o câncer de próstata revelou que a presença da enzima telomerase está associada a uma marca epigenética específica no DNA do gene que a codifica. Essas modificações epigenéticas consistem em grupos moleculares quimicamente ligados ao DNA, que controlam a atividade dos genes. Dessa forma, elas se mostram ideais para atuar como biomarcadores moleculares confiáveis.

Além disso, o estudo indicou que essas modificações moleculares específicas do gene da telomerase podem prever a recidiva do câncer de próstata e estão relacionadas à invasividade da doença. Essa característica, então, explica por que o câncer de próstata pode ser tão agressivo e difícil de tratar em muitos casos.

Análises com 18.430 amostras de 31 tipos diferentes de câncer, incluindo tumores de bexiga, próstata, mama, pulmão, cólon, melanoma, além de tecidos não neoplásicos, confirmaram a importância dessa modificação epigenética na regulação do gene da telomerase.

EpihTERT Facilita Condutas Terapêuticas e Avança o Diagnóstico Molecular

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Na prática clínica, médicos podem utilizar o ensaio epigenético EpihTERT para examinar tumores em estágio inicial de forma mais precisa. Quando o teste não identifica a marca epigenética de metilação no DNA, o urologista então tem mais segurança para optar por procedimentos terapêuticos preventivos, que são minimamente invasivos e preservam melhor a função do órgão.

Para responder à urgência de diagnósticos mais eficazes, pesquisadores desenvolveram recentemente o ensaio EpihTERT. Com base em décadas de estudos científicos, ele foi construído a partir de evidências robustas, validadas por revisões acadêmicas.

Como resultado, ele identifica com precisão o perfil epigenético específico das células tumorais do gene da telomerase, tanto no câncer de bexiga quanto no câncer de próstata. Isso representa um avanço significativo no rastreamento e no direcionamento de condutas clínicas personalizadas.

Referência: Portal Medicina S/A.


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