Brasil Bate Recorde de Doações de Órgãos; Veja os Números
O país alcançou um importante recorde de doações de órgãos em 2023, mas percentual negativo também chama a atenção
De acordo com informações do Ministério da Saúde, no ano de 2023, o Brasil alcançou um recorde de doações de órgãos, com um total de mais de 1,9 mil doadores efetivos registrados em apenas um semestre. Além disso, o país realizou 4,3 mil transplantes nesse período, representando um aumento significativo de 16% em comparação com o mesmo período de 2022.
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Brasil é reconhecido como o maior programa público de transplante de órgãos do mundo, e sua existência posiciona o país como o segundo maior país em termos de realização de transplantes em nível global, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Mais Sobre o Recorde de Doações de Órgãos
Segundo o Ministério da Saúde, quando os dados de um doador são inseridos no sistema, algoritmos são utilizados para analisar as informações sobre os receptores na lista de espera. Esses algoritmos, seguindo critérios médicos, elaboram a lista de pacientes que são considerados aptos a receber o órgão.
Durante o período de janeiro até 27 de agosto deste ano, por exemplo, 27,5% dos pacientes conseguiram receber um novo coração em menos de 30 dias. Além disso, mais da metade dos pacientes na fila de espera (52,3%) aguardou por um período de até três meses.
A quantidade de transplantes realizados no período de janeiro a junho deste ano inclui:
- Rim – 2,9 mil;
- Fígado – 1,1 mil;
- Coração – 206;
- Pâncreas e rim – 47;
- Pulmão – 37;
- Pâncreas – 13;
- Multivisceral – 1.
Dados Negativos
Apesar do registro de um número recorde de transplantes, o percentual de famílias que recusaram a doação de órgãos de familiares falecidos para transplante aumentou para 49%. Antes da pandemia, de acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, esse índice era de aproximadamente 43%.
Em resposta a esse desafio, em 18 de setembro, o Ministério da Saúde anunciou um incremento financeiro progressivo de 40% a 80% nos procedimentos relacionados ao transplante de órgãos e medula óssea, totalizando um investimento de até R$ 56 milhões. O objetivo é melhorar a qualidade dos serviços e dos procedimentos tanto antes quanto depois dos transplantes, além de aprimorar o tratamento de complicações.
No Brasil, uma vez que a autorização para a doação de órgãos é uma prerrogativa das famílias, é fundamental que os potenciais doadores comuniquem seu desejo de doação ainda em vida.
Referência: Portal PEBMED.
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