- 12 de outubro de 2022
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Câncer de Mama: medicamento que reduz risco de metástase é incorporado pelo SUS
O medicamento contra o câncer de mama, com nome de trastuzumabe entansina, ou TDMI-1, agora será distribuído pelo SUS
A substância é usada desde 2014 pelos especialistas no tratamento contra o câncer de mama. Porém, esse mesmo medicamento, ainda não estava disponível para os usuários do SUS, o que agora, é possível.
A substância não possue efeitos colaterais associados ao tratamento de câncer, como queda de cabelo, diarreia, feridas na boca, náuseas e vômitos, pele sensível, etc. Entretanto, ainda não há informações sobre quando o remédio estará disponível na rede pública de saúde.
O remédio TDMI-1 atua em casos de um tipo de Câncer de Mama chamado HER2-positivo. Condição em que as células cancerígenas apresentam níveis elevados da proteína HER2, produzida justamente na região da mama, e tendem a se disseminar de forma mais rápida.
Quando utilizar o medicamento?
O TDMI-1 pode beneficiar os pacientes em dois cenários diferentes:
- O 1º cenário ocorre quando outros medicamentos não contiveram o avanço da doença, o que ainda gera o processo de metástase.
- O 2º cenário atua sobre casos em que, após a quimioterapia e cirurgia, ainda existe doença residual e riscos de uma metástase.
O nível de tolerância com relação ao tratamento costuma ter bons indicadores. Assim, pacientes geralmente têm um controle maior da doença e acabam tendo menos efeitos colaterais do que em uma sessão de quimioterapia. Dessa forma, para pacientes com doença residual pós-neoadjuvância (consiste na aplicação de quimioterapia, hormonioterapia, radioterapia antes de um procedimento cirúrgico), o medicamento realmente diminui o risco de metástase no futuro.
Por isso, é importante a presença do remédio no SUS .
Estudos com o medicamento
De acordo com estudos, as chances de recorrência da doença em pessoas não medicadas com TDMI-1 são até 50% maiores do que em pessoas tratadas com outros inibidores de HER2.
O trastuzumabe entansina foi o primeiro com seu mecanismo aprovado no Brasil. Desde o seu registro, outros medicamentos anticorpos demonstraram níveis de resposta até maiores, porém todos estavam restritos à saúde suplementar (serviços que englobam somente convênios de saúde).
Vale ressaltar que é necessário o monitoramento da equipe médica. Em contrapartida, há riscos de diminuição das plaquetas, anemia e distúrbios no funcionamento do fígado.
Nos moldes atuais, quem tem câncer de mama HER2-positivo, e recebe o tratamento pelo SUS, é medicado com agentes quimioterápicos e trastuzumabe, um anti-HER2 composto por parte da molécula do trastuzumabe entansina e indicado para quadros iniciais da doença.
Os números do Câncer de Mama
A OMS (Organização Mundial da Saúde) avalia que o câncer de mama é um problema mundial de saúde pública. Em 2018, 627 mil mulheres em todo o mundo morreram em decorrência da doença.
Segundo informações do Ministério da Saúde, no Brasil, o número total de novos diagnósticos por ano chega a 60 mil – uma taxa de incidência de 60 casos a cada 100 mil habitantes.
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