- 12 de setembro de 2023
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Casos de Sífilis Aumentam na População Adulta e em Bebês; Veja
Saiba mais sobre o aumento dos casos de sífilis no Brasil após o período da pandemia
Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, pôde-se observar um aumento preocupante nos casos de sífilis no Brasil, uma doença sexualmente transmissível (DST) que, quando não tratada adequadamente, pode ter sérias consequências para a saúde de adultos e, ainda mais alarmante, para bebês recém-nascidos.
Sobre os casos de sífilis na população jovem e adulta, é valida a atenção sobre a importância da educação sexual, do uso de preservativos e da realização regular de exames médicos. No entanto, o aspecto mais alarmante é o impacto que a doença pode ter em bebês recém-nascidos, quando é transmitida da mãe para o filho durante a gravidez.
Essa sífilis congênita pode causar graves problemas de saúde, incluindo deficiências físicas e mentais, e até mesmo a morte neonatal. Portanto, é crucial que medidas de prevenção, detecção e tratamento sejam implementadas para reverter essa tendência preocupante.
Os Números de Casos de Sífilis
Segundo dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualizado até junho de 2022, houve um aumento nos casos de sífilis após o período da pandemia. Anteriormente, os novos diagnósticos estavam em constante crescimento até o ano de 2018, quando houve uma estabilização. Entretanto, em 2019, ano pré-pandemia, houve uma diminuição no número de casos. Agora, observamos uma retomada no crescimento da doença.
Isso ocorre porque, durante o primeiro semestre de 2022, registrou-se um total de mais de 122 mil novos casos da doença, dos quais 79,5 mil foram de sífilis adquirida, 31 mil ocorreram em gestantes e 12 mil foram de sífilis congênita.
Tal crescimento é motivo de preocupação, principalmente em relação aos novos registros de sífilis congênita e em grávidas. No ano de 2021, observou-se uma diminuição na taxa de adesão ao tratamento entre as gestantes, comparado ao ano anterior, com uma queda de 88,7% para 81,1%.
A diretora do programa de IST da SVSA (Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente) do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa, ressalta: “O aumento de casos de sífilis é preocupante, pois é um problema de saúde pública no país, e o acesso adequado aos serviços de saúde, à testagem e ao tratamento no pré-natal refletem no aumento de diagnósticos”.
População Geral Também Impactada
No contexto geral, observa-se um aumento de 336% nos casos de sífilis adquirida na última década em toda a população. A prevalência mais alta ainda é registrada no público masculino, representando 60,6% dos casos, e nas faixas etárias de 20 a 29 anos, com 35,6%, e 30 a 39 anos, com 22,3%, de acordo com dados históricos.
Em relação à média nacional, nove estados apresentam taxas de sífilis em gestantes acima da média do país, com 27,1 casos a cada 1.000 nascidos vivos, enquanto dez estados têm taxas da doença congênita superiores a 9,9 casos. O estado do Rio de Janeiro é o mais impactado, com uma incidência de 26 casos a cada 1.000 nascidos vivos em bebês e 62,6 casos a cada 1.000 em gestantes.
Sobretudo, nos últimos anos, houve também uma redução, principalmente entre os mais jovens, na adesão aos métodos contraceptivos, o que está refletindo em um aumento de outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) além da sífilis.
Com informações da Folha de S.Paulo.
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