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Pesquisa: Cérebro é Capaz de Filtrar Emoções Durante o Sono

Após a realização de uma pesquisa, comprovou-se que nosso cérebro é capaz de filtrar emoções durante o sono. Saiba mais!

 

Uma pesquisa recente publicada na revista Science revelou que o cérebro possui a capacidade de filtrar emoções durante o sono. Conduzido por cientistas do Departamento de Neurologia da Universidade de Berna, na Suíça, o estudo eventualmente analisou o comportamento do cérebro de ratos, focando na fase do sono em que ocorrem os sonhos.

Logo, os resultados mostraram que, nesse período, o cérebro trabalha para fortalecer as emoções positivas enquanto atenua a consolidação das emoções negativas. Esse processo de triagem emocional durante o sono, como resultado, pode ser crucial para o nosso bem-estar mental e emocional.

Especialista Explica: Cérebro é Capaz de Filtrar Emoções?

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De acordo com o professor Alan Luiz Eckeli, do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, pesquisas como essa são fundamentais para desvendar o complexo processo de retenção de memórias.

Segundo ele, portanto, entender como o cérebro filtra e organiza as emoções durante o sono é uma peça importante desse quebra-cabeça. Isso porque nos permite compreender melhor como as experiências e sentimentos são processados e armazenados ao longo do tempo.

 “Essa retenção está relacionada a diversas áreas anatômicas, por isso, é importante sabermos de que maneira a consolidação da memória é mediada pelo processo biológico de sono”, aponta Alan.

“Ele é um estado de sono único durante o qual a maioria dos sonhos ocorre em conjunto com conteúdos emocionais intensos.”

Sobre a Realização do Estudo

Os pesquisadores, a princípio, conduziram o estudo condicionando camundongos a reconhecerem estímulos auditivos associados tanto à segurança quanto ao perigo, conhecidos como estímulos aversivos. Durante os ciclos de sono e vigília, registraram a atividade dos neurônios nos cérebros dos camundongos.

Eventualmente, essa análise permitiu mapear diferentes áreas cerebrais e entender como as memórias emocionais são transformadas no sono REM, fase do sono marcada por sonhos intensos e vívidos.

O sono REM possui bastante conteúdo onírico, que envolve realismo fantástico, vários personagens, e isso gera curiosidade. Porém, todos os tipos de sono são importantes”, destaca o professor. Ele ainda ressalta que a compreensão do sono REM vai além da curiosidade sobre os sonhos, sendo essencial para estudos sobre os impactos fisiológicos do sono nos gastos energéticos e metabólicos.

O Que Pode-se Concluir?

Assim, os resultados revelaram que, durante o sono REM, os somas permanecem silenciosos enquanto os dendritos estão ativos, um mecanismo que ajuda o cérebro a processar e reorganizar as memórias emocionais.

O professor Alan Luiz explica que, em suma, o estudo revelou que o cérebro é capaz de favorecer a distinção entre segurança e perigo nos dendritos, ao mesmo tempo em que bloqueia reações emocionais exageradas. Esse mecanismo natural ajuda a equilibrar as respostas emocionais, protegendo o organismo de sobrecargas desnecessárias.

A descoberta, feita inicialmente em ratos, abre portas para aplicações futuras em humanos. “Essa modulação poderá ser utilizada para tratar condições clínicas como transtornos pós-traumáticos ou mesmo algo mais simples, como casos de transtorno do pesadelo, por exemplo”, conclui Eckeli.

Referência: Universidade de Berna, na Suíça.


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