Cigarro eletrônico, faz mal?
Os cigarros eletrônicos, conhecidos como vape, estão em alta no Brasil. Estudos demonstram que esse aparelho possui uma elevada capacidade de desenvolver a dependência da nicotina, maior inclusive que o cigarro comum. No Brasil, a AMB (Associação Médica Brasileira) e 45 entidades médicas divulgaram um posicionamento contra o uso dos vapes.
O que é o vape?
Para a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, os cigarros eletrônicos podem ser chamados pelo termo Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs). Porém, também são chamados de ‘vapes’, e-cigarros, e-cigs, e-cigarretes ou pen drive. Do mesmo modo, eles representam uma combinação de riscos: seu uso está aumentando no país ao mesmo tempo que gera efeitos danosos à saúde.
O material é composto por, em geral, uma lâmpada de LED, bateria, microprocessador, sensor, atomizador e cartucho de nicotina líquida. Dessa forma, os dispositivos atuam a partir do aquecimento líquido, e assim, produzir um aerossol para a inalação do usuário.
O aumento da pressão arterial ocorre quando há uma infiltração da nicotina no sistema de circulação sanguíneo, ocasionando problemas principalmente cardiovasculares e metabólicos, um fenômeno parecido com o cigarro. Os conteúdos oleosos de aroma também prejudicam o pulmão, principalmente pessoas alérgicas, pois irritam o órgão.
Câncer e outros riscos
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, muitos desses cigarros liberam cerca de 80 substâncias em seu vapor. Podemos enumerar a nicotina, substâncias cancerígenas e com potencial de explosão.
No curto prazo, entre os riscos de saúde, o cigarro eletrônico pode levar danos ao sistema respiratório e cardiovascular. Dessa forma, mesmo que seja um produto novo na indústria do tabagismo, os danos do cigarro eletrônico são desconhecidos.
O que se sabe é que a composição do vapor, por conter substâncias derivadas de metais pesados pode levar à doenças como:
- Câncer de pulmão;
- Câncer dos seios da face;
- Enfisema pulmonar;
- Fibrose pulmonar;
A infecção sistêmica ocorre pois o equipamento gera partículas ultrafinas que ultrapassam a barreira dos alvéolos pulmonares e ganham corrente sanguínea, fazendo o corpo reagir. Ocasionalmente, quando a parede do endotélio é o foco da inflamação, é possível desencadear eventos cardiovasculares como infarto e síndrome coronariana aguda.
Os problemas
É um erro achar que o cigarro eletrônico ajuda a parar de fumar, na verdade, pessoas que passaram a usar cigarro eletrônico continuaram dependentes da nicotina. Os números percentuais de indivíduos que conseguem largar o produto após seu uso é igual daqueles que tentam parar de fumar sem usar outro método: de 3% a 5%.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer) o uso de cigarro eletrônico aumenta em três vezes o risco de experimentação ao cigarro convencional e em quatro vezes o risco para o tabagismo. O problema, acima de tudo, está no fato de que não há fatores inibidores no vape, como o cheiro.
Para o diagnóstico e análise de problemas causados pelo cigarro eletrônico, o cardiologista é muito importante.
Agende na SPX Clínica sua consulta em nosso cardiologista pelo link: https://linktr.ee/spxclinica