Como a Tecnologia Pode Prever Infarto e AVC? Entenda!
Por meio de um parâmetro sólido, uma nova tecnologia pode prever infarto e AVC utilizando dados do sistema público de saúde
Apresentada durante o Congresso de Municípios, Associações e Consórcios (COMAC-SC), promovido pela Federação Catarinense de Municípios (FECAM), uma nova tecnologia pode prever infarto e AVC através da análise milhões de parâmetros a fim de identificar padrões e situações invisiveis aos olhos humanos.
Eventualmente, a Dara, como é chamada a inteligência artificial (IA), pode oferecer ao médico, que é o responsável final pelas decisões em cada caso, informações que auxiliam na formulação de um plano de tratamento ou prevenção personalizado para cada paciente.
Essa Tecnologia Pode Prever Infarto e AVC?
De antemão, Ana Mees, engenheira biomédica à frente do desenvolvimento da Inteligência Artificial na IPM Sistemas, de Santa Catarina, explica que o propósito da Dara – nome da IA nacional – é aprimorar a precisão e eficiência na tomada de decisões no setor público.
“O desenvolvimento da tecnologia é fruto de diversos anos de trabalho de um time multidisciplinar de engenheiros, biomédicos, médicos e gestores públicos, e utiliza machine learning e redes neurais profundas para trazer novas informações e previsões ao trabalho no setor público”, explica.
Nesse sentido, a Dara interpreta um grande volume de dados provenientes de diversas fontes, incluindo informações individuais de atendimentos e exames de rotina, como um check-up, por exemplo, e fornece ao médico um “alerta” personalizado para cada paciente. Então, cabe ao especialista decidir sobre os próximos passos a serem tomados.
Outras Funcionalidades
Do mesmo modo, a IA possui a capacidade de prever o prognóstico da diabetes com até três anos de antecedência. Pode, ainda assim, dar suporte para o planejamento da infraestrutura urbana, bem como na saúde e educação, e auxiliando em decisões relacionadas à construção, composição de equipes e distribuição de atendimentos.
Em setembro de 2023, além da previsão antecipada de prognósticos relacionados a infarto e AVC, a Dara recebeu novas funcionalidades, incluindo a capacidade de interagir e atender às demandas da sociedade por meio de mensagens de texto ou voz via chat ou WhatsApp. O objetivo, conforme explicado por Ana, é democratizar o acesso aos serviços, aprimorar a qualidade do atendimento e otimizar os recursos públicos, introduzindo a IA no atendimento direto à população.
“Sabemos que ainda existem muitos desafios a serem superados na área pública, e enxergamos na inteligência artificial o potencial de mudar essa realidade. Foram anos de pesquisa, desenvolvimento e investimentos na criação dessas tecnologias, sempre com o objetivo de elevar o padrão dos serviços públicos, otimizar gastos e melhorar a qualidade de vida da população”, afirma Lúcia Mees, gerente de Inovação da IPM Sistemas e engenheira eletrônica e da computação pela Duke University.
Referência: Revista Visão Hospitalar.
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