- 10 de outubro de 2022
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- SPX, Dicas de Saúde
Como ajudar alguém com crise epiléptica
Entenda os sintomas de quem está sofrendo uma crise epiléptica
Esse distúrbio neurológico chamado de epilepsia é caracterizado por recorrentes crises convulsivas. À princípio, são geradas por uma atividade elétrica anormal de células cerebrais. Entretanto, dependendo da área do cérebro afetada, as crises epilépticas podem ser de diversos tipos.
Primeiramente, é necessário explicar que a convulsão e a epilepsia não são a mesma coisa, a convulsão é apenas uma das formas de manifestação da epilepsia. A convulsão pode ser o sintoma de outras doenças como tétano, meningite e outros tumores cerebrais.
A maior parte das pessoas que sofrem de crises epilépticas tem a capacidade de trabalhar e levar uma vida normal. Contudo, a epilepsia é muito estigmatizada e traz consequências para o dia a dia dos pacientes, tanto profissional e socialmente, principalmente para quem tem crises mais graves e frequentes.
Explicamos abaixo os diferentes tipos de convulsões:
Crise Convulsiva Focal
Sua principal característica está no fato que apenas afeta uma parte do cérebro. Dessa forma, sua manifestação clínica varia de acordo com a região acometida. Assim, gerando sinais mais fracos ou fortes no nível de alteração da consciência.
Quando a manifestação ocorre sem sinais de alteração do nível de consciência, os sinais são breves e duram entre segundos e alguns minutos. A pessoa pode parecer distante, confusa, apresentar olhar fixo, fala desconexa e movimentos automáticos.
Os sinais são:
- Mal-estar na boca do estômago;
- Sensações não usuais de medo;
- Manifestações sensitivas (como formigamentos) ou motoras (como repuxamentos) de um lado ou outro do corpo.
Quando as crises focais são com alteração do nível de consciência, é possível verificar avisos iniciais, e na sequência pode parecer distante, confuso, agir de maneira anormal, e ter comprometimentos na fala.
Os sinais mais comuns são:
- Olhar fixo;
- Movimentos mastigatórios e movimentos automáticos com as mãos (como por exemplo pegar objetos repetidamente).
Ajudando alguém em uma crise convulsiva focal
Para ajudar de maneira eficiente é necessário afastar o paciente em qualquer condição potencialmente perigosa, conversando com gentileza e calma, sem restringir ativamente suas ações. Além disso, pela confusão, a interpretação dos fatos pode estar equivocada e gerar um comportamento agressivo.
Após a crise, o que fazer?
O paciente pode sentir a necessidade de dormir. É necessário assegurar que ficará tudo bem, relembrando a pessoa onde ela está e mantenha-se por perto.
Algumas crises podem iniciar de maneira focal e espalhar-se por todo o cérebro posteriormente, provocando abalos tônico-clônicos bilaterais. Na fase inicial, o ideal é manter o paciente em um local seguro.
Crise epiléptica generalizada
Essas são as crises epilépticas que afetam o cérebro como um todo e não geram um aviso significativo. As crises de ausência fazem parte deste grupo, isso ocorre quando o paciente fica imóvel e com o olhar fixo “ausente” por alguns segundos, sem atentar-se ao que está acontecendo à sua volta.
Crises Tônicas ou atônicas são alterações súbitas do tônus muscular, assim, ficando rígido ou tônus, o que resulta em quedas. Mesmo que a consciência rapidamente retorne, muitas vezes há ferimentos associados.
Ajudando em uma crise convulsiva generalizada
Em primeiro lugar, é preciso manter a calma. Depois, siga as orientações:
- Certifique-se (com um relógio) de quanto tempo a crise está durando;
- Apenas mova a pessoa se estiver em um local perigoso;
- Afaste objetos que possam machucar (como móveis);
- Coloque algo macio embaixo da cabeça (podendo ser a sua mão), para evitar que fique batendo contra o chão;
- Não tente restringir movimentos, nem coloque nada dentro da boca do paciente (não se preocupe, ele não vai engolir a língua, e tentar puxá-la pode gerar ferimentos adicionais).
Após a crise epiléptica
Ao terminar os abalos, deite o paciente de lado, em uma posição de recuperação:
Caso a respiração parecer ruidosa ou difícil, é necessário obstruir a passagem do ar, como secreções. Deixe a pessoa respirar e se mantenha ao lado até a recuperação completa.
Geralmente a crise epiléptica é autolimitada, durando cerca de 2 minutos. Porém, quando a crise persiste por mais de 5 minutos e depois segue de uma nova crise sem completa recuperação é necessário o atendimento médico de urgência.
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