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Como o Estresse Afeta o Fígado? Cientistas Brasileiros Explicam!

Após estudos em laboratórios, especialistas apontam como o estresse afeta o fígado por meio de análise dos nervos do órgão

 

De antemão, pesquisadores brasileiros detalharam a estrutura dos nervos presentes no fígado e seu papel no controle da produção de glicose em situações de estresse. Esse mecanismo, chamado gliconeogênese hepática, é essencial para manter os níveis de glicemia durante períodos de jejum ou alta exigência energética.

O estudo, publicado na renomada revista Metabolism, utilizou camundongos como modelo. Além disso, revelou que, em condições de frio, os nervos simpáticos liberam noradrenalina no fígado, estimulando a produção de glicose.

Esse processo, então, envolve a ativação de moléculas específicas, bem como a proteína CREB e seu ativador CRTC2, destacando novos caminhos para explorar o controle metabólico em situações desafiadoras.

Entenda Como o Estresse Afeta o Fígado

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A noradrenalina, ou norepinefrina, assume um papel essencial na resposta rápida do corpo a situações de estresse, aumentando a frequência cardíaca, a pressão arterial e mobilizando glicose das reservas de energia. Esse neurotransmissor, contudo, é vital para preparar o organismo em momentos de alta demanda ou perigo.

Compreender esses mecanismos é fundamental para elucidar como alterações podem contribuir para doenças metabólicas, bem como diabetes e obesidade. Desse modo, os resultados dessa pesquisa representam um avanço significativo.

Isso, acima de tudo, abre novas possibilidades para estudos voltados a condições como disfunções no sistema nervoso simpático, hipertensão e esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado), por exemplo.

“A originalidade do nosso trabalho foi mostrar que o sistema nervoso central, por meio de nervos simpáticos, pode controlar CREB e ativar de novo a produção hepática de glicose em uma situação de demanda energética. Descrevemos a anatomia da inervação que chega ao fígado usando uma metodologia inédita no Brasil.”

Métodos Avançados com Camundongos

Os pesquisadores, à primeira vista, utilizaram a técnica inovadora chamada 3DISCO (imagem tridimensional de órgãos clareados por solventes), um método que torna amostras biológicas mais transparentes através de solventes orgânicos. Essa abordagem permite visualizar estruturas tridimensionais, destacando os nervos de maneira precisa.

Com o uso do imunomapeamento em 3D, então, os cientistas examinaram a distribuição dos nervos simpáticos no fígado de camundongos. Eles identificaram uma densa inervação formada por fibras nervosas primárias espessas, que se ramificam, porém, não entram em contato direto com os hepatócitos (células do fígado).

Para compreender o papel funcional dessa inervação, os camundongos foram eventualmente submetidos a baixas temperaturas (4°C) por até seis horas. Durante esse estresse térmico, foi ativada a via CREB/CRTC2 através de sinais de cálcio (Ca2+), garantindo o fornecimento de glicose para os músculos e ajudando a manter os animais aquecidos.

Referência: Veja Saúde.


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