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Conheça o Novo Medicamento para Reduzir o Colesterol Ruim

Descubra como nova injeção, aprovada pela Anvisa, pode reduzir o colesterol ruim em média 52% após seis meses


Em julho de 2023, foi alcançado um avanço no controle do colesterol com a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do produto inclisirana. Sob o nome comercial SYBRAVA®, esse medicamento, desenvolvido pela renomada empresa Novartis, visa, sobretudo, reduzir o colesterol ruim e é administrado por meio de injeções subcutâneas.

Segundo estudos, a inclisirana demonstrou uma notável eficácia na redução do LDL, com uma diminuição significativa entre 49% e 51% observada 30 a 60 dias após a administração inicial. A continuidade do tratamento revelou resultados ainda mais expressivos, com os níveis registrando uma redução de aproximadamente 53% após o período de 180 dias.

Como ela Pode Reduzir o Colesterol Ruim?

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O medicamento é uma forma eficaz de RNA de interferência, habilmente empacotada para desempenhar seu papel específico. Dentro da célula, sua ação se concentra na destruição seletiva do RNA mensageiro responsável por instruir a síntese de uma proteína específica, no caso, a PCSK9.

Em suma, recomenda-se a utilização da inclisirana em conjunto com as estatinas, assim como ocorre com os anticorpos monoclonais que visam a PCSK9. A prioridade, todavia, é direcionada aos pacientes que, como mencionado anteriormente, tenham histórico de infarto ou AVC, prevenindo recorrências potencialmente graves ou fatais.

“Na inclisirana, esse DNA de interferência é revestido por uma capinha de gordura e, por cima dela, há a camada de um açúcar, o galnac, que é absorvido exclusivamente pelas células hepáticas. Desse modo, o medicamento não fica no sangue, nem vai parar nos rins, no nariz, em nenhum outro canto que não seja o fígado”

– Raul Dias dos Santos, cardiologista e professor da Faculdade de Medicina da USP.

A Inclisirana Barra a PCSK9?

A princípio, a PCSK9, proteína sintetizada pelo fígado, rins e, em menor quantidade, pelo intestino, atua como uma “fechadura” que regula a capacidade do fígado em absorver o colesterol circulante. No entanto, ao interferir nesse processo, ela compromete a capacidade do fígado de incorporar o colesterol em sua estrutura.

Ao contrário dos anticorpos monoclonais que a bloqueiam diretamente, a inclisirana adota uma abordagem distinta. Em vez de simplesmente barrar a ação dessa proteína, ela interrompe a produção dessa molécula desde sua origem, efetivamente induzindo o fígado a suspender temporariamente a fabricação da PCSK9.

Tal característica única confere à inclisirana uma vantagem prática, pois, ao contrário das estatinas, que exigem administração diária, e dos anticorpos monoclonais, que necessitam de doses a cada 15 dias, a inclisirana simplifica a rotina do paciente, demandando apenas duas administrações ao longo do ano.

Há Alguma Reação?

A queixa mais comum entre os usuários de inclisirana é a dor no local da injeção, aplicada na região abdominal. Raul Dias observa que, dado o foco da ação no fígado, seria esperado algum efeito nesse órgão. No entanto, até o momento, essa preocupação não se concretizou: “Em estudos que acompanham pacientes utilizando essa terapia há quatro anos, não foram observadas alterações hepáticas. Ela parece ser bastante segura.

Apesar de sua eficácia e segurança aparentes, cabe ressaltar, a inclisirana enfrenta o desafio da acessibilidade devido ao seu custo considerável, estimado em 14 mil reais por injeção. Caso não fosse pela realidade financeira, ela poderia ser considerada uma opção para qualquer pessoa com níveis elevados de colesterol.


Referência: Portal UOL.

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