Saiba como laboratórios, hospitais e operadoras uniram-se para superar crise do setor

A crise no setor de saúde tem impulsionado a adoção de estratégias de união entre operadoras de planos de saúde, hospitais e laboratórios para garantir receita e compartilhar riscos. As movimentações do setor variam de acordo com com os objetivos em comum, foi possível observar: 

• Em 2022, a Rede D’Or e SulAmérica se fundiram, fazendo com que o valor de mercado da SulAmérica crescesse em até 50%;
• Oncoclínicas e Unimed Nacional construírão juntos um hospital com previsão de finalizar a obra em 2025;
• No ano de 2020, Fleury e Sabin criaram um fundo de investimento em healthtechs;
• Hcor negocia parcerias com operadoras de convênios médicos para lançar seu novo hospital de cardiologia.
• O Fleury/Hermes Pardini, após a união,  assumiu a responsabilidade pela área de medicina diagnóstica do Hcor. O que liberou a área do laboratório do Hospital e assim aumentou a quantidade de leitos. 

Grandes projetos

Projetos como as Oncoclínicas, por exemplo, foram viabilizados em parceria com a Unimed Nacional.

• O “Cancer Center”, em São Paulo, orçado em R$ 300 milhões, contou com R$ 75 milhões em geração de receita da cooperativa, que encaminhou pacientes para o estabelecimento.
  
  
• A Bradesco Seguros – que é proprietária da seguradora de saúde e principal acionista do Fleury – está construindo um hospital de R$ 600 milhões com o Albert Einstein.

Dessa forma, a seguradora entra com recursos financeiros e o Einstein, com a gestão. Além disso, o Fleury também assumiu recentemente o laboratório do Hcor. “Há pressão da inflação e margens, temos que buscar soluções”, diz Jeane Tsutsui, presidente do Fleury.

Antes incomuns no setor, parcerias como essas têm ganhado força devido ao recorde na taxa de sinistralidade, que mede o uso do convênio médico, que chegou a 93%. Isso tem levado as operadoras a evitar credenciar novos estabelecimentos de saúde. 

Hospitais e laboratórios, por sua vez, têm buscado expandir e abrir novos empreendimentos apenas com receita garantida. Para Leandro Bastos, analista do Citi, esse modelo pode representar uma mudança no formato de ganhos e perdas no setor. “Talvez, com a crise, essas parcerias de compartilhamento de riscos representem mudança”, afirma.

Referência: Valor Econômico/O Globo

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