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Estudo: Doença do Fígado Associada a Casos de Demência

Saiba o que dizem pesquisadores americanos sobre o fato de uma doença do fígado associada a casos de demência

 

Um recente estudo de janeiro de 2024 fez uma importante revelação, tratando-se de uma doença do fígado associada a casos de demência. Segundo a pesquisa, aproximadamente 10% das pessoas idosas diagnosticadas com demência nos Estados Unidos, na verdade, apresentavam encefalopatia hepática, uma condição relacionada à cirrose, porém não diagnosticada adequadamente.

Sob o mesmo ponto de vista, as descobertas, divulgadas na revista JAMA Network Open, destacam a importância de considerar a possibilidade de doenças hepáticas em pacientes com comprometimento cognitivo.

Doença do Fígado Associada a Casos de Demência?

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Os pesquisadores examinaram os registros médicos de mais de 177 mil veteranos dos Estados Unidos que haviam sido diagnosticados com demência, mas não com cirrose, entre 2009 e 2019. Avaliando o risco de desenvolvimento de doença hepática com base na idade e em biomarcadores específicos, os cientistas descobriram que 10,3% dos veteranos com demência tinham uma alta probabilidade de ter cirrose e encefalopatia hepática.

A cirrose é uma condição hepática caracterizada por processos inflamatórios que resultam na destruição das células do fígado. Como resultado, a função do órgão é comprometida, levando à incapacidade de realizar funções vitais, como a produção de bile, proteínas e colesterol, bem como o processamento de nutrientes, medicamentos e álcool, algo fundamental na purificação do sangue.

Essa doença não possui cura e, ao longo do tempo, pode aumentar o risco de outras complicações de saúde, incluindo a encefalopatia hepática. Esta, é caracterizada pelo acúmulo de toxinas no cérebro, resultando em declínio da função cerebral e manifestação de sintomas associados à demência.

Perspectivas de Tratamento Reversível

Segundo Jasmohan S. Bajaj, professor da Divisão de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição do Departamento de Medicina da Virginia Commonwealth University e autor principal do estudo, o declínio cognitivo relacionado à cirrose pode ser atribuído à incapacidade do fígado de eliminar toxinas derivadas do intestino, bem como à inflamação que ocorre no cérebro devido à encefalopatia hepática.

“Se 10% têm cirrose e até 50% deles têm um componente de encefalopatia hepática tratável, este ainda é um grande grupo de pacientes que poderia ganhar algumas de suas acuidades mentais com uma terapia fácil”, apontou Bajaj ao Medical News Today.

Para os pesquisadores, essas descobertas ressaltam a importância de os médicos investigarem se pacientes com demência têm cirrose ou encefalopatia hepática, e se esses fatores estão associados aos sintomas de declínio cognitivo. Caso a demência esteja ligada à encefalopatia hepática, ela pode ser reversível por meio de tratamentos específicos.


Referência: CNN Brasil.

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