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Estudo: Efeitos Duradouros do Tabagismo no Sistema Imunológico

Pesquisadores analisaram diversas variáveis sobre os efeitos duradouros do tabagismo no sistema imunológico

 

Uma descoberta recente, publicada em fevereiro de 2024 na revista Nature, revelou os impactos duradouros do tabagismo no sistema imunológico. O estudo destacou que os efeitos nocivos do tabaco persistem ao longo do tempo, tornando o organismo mais vulnerável ao desenvolvimento de doenças e infecções.

Apesar da diminuição das taxas de tabagismo desde a década de 1960, o ato de fumar continua sendo a principal causa de morte evitável nos Estados Unidos. Estima-se que cause mais de 480 mil mortes por ano.

Quais os Efeitos Duradouros do Tabagismo no Sistema Imunológico?

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A pesquisa revelou os efeitos do tabagismo na capacidade do corpo de combater infecções imediatas e de longo prazo. Então, aumenta-se o risco de doenças crônicas associadas à inflamação, como artrite reumatoide e lúpus. Foram analisadas amostras de sangue de um grupo demográfico diversificado de 1.000 indivíduos saudáveis, com idades entre 20 e 69 anos

“A principal mensagem do nosso estudo, especialmente para os jovens, é que parece haver um impacto significativo na imunidade em longo prazo, algo para nunca começar a fumar”, alerta a coautora do estudo Violaine Saint-André, especialista em biologia computacional do Instituto Pasteur de Paris.

Eles investigaram 136 variáveis, incluindo estilo de vida, fatores socioeconômicos, hábitos alimentares, idade, sexo e genética, para compreender como esses aspectos afetam a resposta imunológica do corpo. As amostras de sangue foram expostas a patógenos comuns, bem como a bactéria E. coli e o vírus da gripe, para avaliar a eficácia da resposta imunológica ao longo do tempo.

O Que Pôde Ser Determinado?

O índice de massa corporal (IMC) e uma infecção latente causada pelo vírus do herpes foram identificados como os fatores que mais impactaram a resposta imunológica. O tabagismo foi apontado como a principal causa de alteração, apresentando um impacto quase equivalente a fatores importantes como idade ou sexo.

Quando os participantes fumantes do estudo interromperam o hábito, observou-se uma melhoria em sua resposta imunológica. Porém, essa recuperação não foi completa ao longo dos anos, conforme relatado por Darragh Duffy, coautor do estudo e diretor da Unidade de Imunologia Translacional do Instituto Pasteur.

“A boa notícia é que ela está começando a ser restaurada. Nunca é tarde para parar de fumar, mas se você é fumante, o melhor momento para parar é agora”, ressalta.

Tabagismo e Resposta Imunológica: Perspectivas Sobre a Saúde

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Da mesma forma, o estudo revelou que o hábito de fumar parece ter efeitos epigenéticos de longo prazo sobre as duas principais formas de proteção do sistema imunológico: a resposta inata e a resposta adaptativa. Notavelmente, o impacto na resposta imune inata desaparece rapidamente após a interrupção do tabagismo. Enquanto isso, o efeito na resposta adaptativa persiste mesmo após o abandono do hábito.

A resposta imune inata é a primeira linha de defesa do corpo contra agentes patogênicos. Ela envolve a atuação rápida e direta da pele, membranas mucosas, células do sistema imunológico e proteínas na eliminação de germes. Por outro lado, quando essa resposta inicial não é suficiente para proteger o organismo, o sistema imunológico adaptativo entra em ação

Composto por anticorpos circulantes, linfócitos B e T, esse sistema é capaz de reconhecer e reagir de forma mais eficaz a ameaças previamente encontradas. Isso confere uma resposta imunológica mais específica e duradoura.

Avanços e Restrições na Investigação Imunológica

Embora o experimento tenha sido conduzido em laboratório utilizando amostras de sangue, é fundamental considerar que a resposta imunológica pode variar em situações da vida real. Apesar disso, os estudos de exposição humana ainda são limitados em termos de tamanho amostral. Isso em comparação com as amplas descobertas obtidas por meio da coleta extensiva de amostras de sangue.

Além disso, a pesquisa liderada por Yasmin Thanavala, do Roswell Park Cancer Institute, expôs ratos à fumaça do tabaco, em contraste com amostras de sangue humano. Os ratos expostos demonstraram menor eficácia na resposta imunológica contra infecções bacterianas, com alterações pulmonares persistentes, conforme Thanavala.

“Sabemos que muitas coisas, além do fumo, afetam a nossa resposta imunológica. Nossa base genética afeta nossa resposta imunológica. Há também evidências crescentes de que o nosso peso corporal, a obesidade, afeta a resposta imunológica”, ressalta Thanavala.

 

Referência: CNN Brasil.

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