Enfermarias Virtuais e Dispositivos Vestíveis no Cuidado da Saúde

Como Enfermarias Virtuais e Dispositivos Vestíveis Podem Revolucionar a Medicina?

A princípio, a pesquisa do BCG destaca a crescente adoção de equipamentos vestíveis (wearables) e dispositivos médicos inteligentes para cuidados domiciliares. Isso, especialmente entre pacientes com doenças crônicas e em fase pós-operatória.

Especialistas preveem que o influxo contínuo de dados provenientes desses dispositivos irá impulsionar a eficácia dos modelos de linguagem avançados. Com isso, surgem consultas virtuais altamente qualificadas disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, oferecendo sugestões para melhores estratégias de tratamento e prevenção.

“Agentes de conversação estão sendo treinados para identificar sinais de depressão ou angústia. Essas ferramentas podem ser integradas a dispositivos diários, como smartphones ou assistentes virtuais, conectando indivíduos a terapeutas humanos quando necessário”, afirma Filipe Mesquita, diretor executivo e sócio do BCG, sobre o suporte das IAs quanto à saúde mental.

Obstáculos Visíveis para essa Transformação

Apesar do grande potencial, ainda há diversos aspectos que demandam melhorias para que essas tecnologias possam verdadeiramente beneficiar o setor de saúde. Questões como equidade social nos cuidados e investimento nos profissionais da área, por exemplo, são fundamentais para garantir uma implementação eficaz e abrangente das inovações tecnológicas.

De acordo com Mesquita, muitos sistemas de saúde ainda enfrentam desafios relacionados à infraestrutura de tecnologia da informação (TI), que muitas vezes é fragmentada e não segue padrões de dados compatíveis. Essa falta de integração adequada dos sistemas dificulta o compartilhamento eficiente de informações e coloca o setor de saúde em uma posição de menor maturidade digital em comparação a outros setores.

Logo, os relatórios do BCG destacam a necessidade de implementar facilitadores essenciais para acelerar a adoção e o impacto das soluções digitais na saúde.Eles delineiam um caminho a ser seguido para acelerar a transformação no setor, visando superar os desafios e aproveitar ao máximo o potencial das tecnologias.

Enfermarias Virtuais e Dispositivos: Paciente no Centro

Os estudos do BCG ressaltam que os pacientes estão assumindo um papel central na transformação digital dos cuidados de saúde, passando de meros espectadores para colaboradores ativos. A telemedicina, por exemplo, está se expandindo além das consultas médicas tradicionais, abrangendo diagnósticos remotos, análise de sintomas por meio de IA e até monitoramento contínuo dos sinais vitais em tempo real.

Essa evolução, sobretudo, é viabilizada por dispositivos médicos para uso doméstico e tecnologias vestíveis. O BCG também destaca a crescente adoção das enfermarias virtuais, impulsionadas pelos dispositivos vestíveis, como uma tendência emergente que reduz a necessidade de visitas presenciais ao hospital.

Como resultado, os pacientes agora têm expectativas de receber diagnósticos e tratamentos de forma quase instantânea:

“O próximo grande avanço para as empresas de diagnóstico será fornecer resultados de testes laboratoriais em minutos, em vez dos dias que costumam levar atualmente. Esse desenvolvimento terá um impacto significativo na satisfação do paciente, mas exigirá também um avanço de normas e regulações sobre o uso de IA nos fluxos clínicos”, comenta Felipe.

Um Olhar de Cuidado Voltado às Mulheres

Recentemente, o BCG tem observado casos de sucesso em que empresas aplicaram a IA para melhorar a saúde reprodutiva das mulheres. Algumas startups têm se destacado ao aprimorar a taxa de sucesso de fertilizações in vitro, enquanto outras conseguiram reduzir significativamente o tempo necessário para diagnosticar condições ginecológicas, de anos para apenas meses.

Essa tendência promissora aponta para um futuro onde o uso intensivo de dados e a aplicação da IA desempenharão papéis fundamentais na saúde da mulher. Por exemplo, no Reino Unido, mais de 90% das mulheres que estão ativamente envolvidas em suas jornadas de fertilidade já utilizam aplicativos para monitorar seus ciclos menstruais.

Referência: Portal Hospitais Brasil.

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