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Esporotricose: Rio de Janeiro registra aumento de 162% de casos da doença  

Saiba mais sobre a Esporotricose, doença que teve um aumento de sua incidência em 162% no Rio de Janeiro

A esporotricose tem despertado preocupação na comunidade científica devido ao significativo aumento de casos registrados no Brasil. No estado do Rio de Janeiro, a taxa de contaminação aumentou em 162% nos últimos 10 anos, passando de 579 casos em 2013 para 1.518 em 2022, conforme dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Os casos em crianças menores de 15 anos também aumentaram, passando de 26 em 2013 para 196 em 2022, representando um aumento de 653%.

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Essa tendência de crescimento também é observada em outros estados, como São Paulo e Minas Gerais. É importante ressaltar que a esporotricose é uma doença de notificação compulsória, ou seja, quando confirmada, o profissional responsável pelo diagnóstico obrigatoriamente informa a Secretaria de Saúde do município, que posteriormente envia os dados para o Ministério da Saúde.

O que é esporotricose? 

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A esporotricose é uma infecção causada por fungos pertencentes à família Sporothrix, encontrados na natureza em materiais orgânicos, como espinhos, farpas, gravetos, plantas, terra, palha e madeira.

Além disso, cães e gatos também podem contrair essa doença e transmiti-la aos seres humanos por meio de arranhões, mordidas ou gotículas de espirro, tornando-a uma zoonose. No entanto, é importante ressaltar que a esporotricose não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra.

Os sintomas 

Os sintomas da esporotricose podem incluir uma ferida persistente que não cicatriza e aumenta de tamanho, ou uma pequena protuberância vermelha que, posteriormente, desenvolve um ponto de pus semelhante a uma espinha, evoluindo para a formação de uma úlcera que pode se alargar. Também é possível observar o envolvimento dos gânglios linfáticos periféricos, seguindo o trajeto linfático.

Esses sinais geralmente surgem na área do corpo que teve contato com o material contaminado, sendo mais comuns nas mãos, pés, abdômen e rosto.

É importante mencionar que pessoas com comprometimento do sistema imunológico devido a doenças autoimunes podem desenvolver formas mais graves da esporotricose, nas quais a infecção pode se disseminar para partes do corpo como pulmões e ossos.

Tratamento

O diagnóstico correto da esporotricose requer a avaliação de um dermatologista, e o tratamento geralmente é de longa duração, podendo variar de três a seis meses e, em alguns casos, se estender por mais de um ano. É fundamental ressaltar que o tratamento não deve ser interrompido em nenhum momento para garantir a eficácia.

Embora a esporotricose não seja considerada uma doença grave, negligenciar o tratamento adequado pode agravar o quadro e levar a complicações fatais. Portanto, é crucial seguir o tratamento corretamente.

A terapia consiste no uso de medicamentos antifúngicos por via oral, sendo necessária a administração desses medicamentos durante o período prescrito pelo médico. Diversos medicamentos estão disponíveis para essa finalidade, sendo que o iodeto de potássio foi uma das primeiras opções efetivas utilizadas, embora possa apresentar efeitos colaterais.

A melhor forma de prevenir a contaminação ao lidar com materiais orgânicos, onde o fungo pode estar presente, é evitar o contato direto. Ao manipular gravetos, palha ou terra, recomenda-se utilizar luvas, roupas de manga comprida e calçados adequados. Essas precauções ajudam a reduzir o risco de infecção.

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