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Estudo Identifica Marcadores Cerebrais e Sanguíneos no Suicídio

Confira os resultados sobre como essa pesquisa brasileira analisou e comparou marcadores cerebrais e sanguíneos no suicídio

 

A coordenação de uma pesquisa conduzida pela neurocientista Manuella Kaster, docente na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e publicada na revista Psychiatry Research, levou à identificação de alterações de marcadores cerebrais e sanguíneos no suicídio.

Primordialmente, essa análise, baseada na reexame de estudos previamente realizados, comparou amostras de indivíduos que tiraram suas próprias vidas com as de outros que faleceram de causas não violentas.

Sobre os Marcadores Cerebrais e Sanguíneos no Suicídio

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De acordo com Kaster, as descobertas indicam que os comportamentos suicidas podem ser influenciados por fatores fisiológicos, além de aspectos psicológicos e sociais. Como parte da equipe de coordenação, ela enfatiza a importância de aprofundar o estudo, sugerindo que isso poderia contribuir significativamente para as estratégias de prevenção ao suicídio no futuro.

“Os aspectos sociais e psicológicos são, com certeza, fundamentais. Mas o comportamento é, em última análise, derivado de respostas moleculares e atividade celular em regiões cerebrais específicas”, ressalta Manuella.

Analogamente, para a psiquiatra Deisy Mendes Porto, presidente da Associação Catarinense de Psiquiatria (ACP), o suicídio é um fenômeno multifacetado. Embora reconheça que há diversos fatores envolvidos, ela ressalta que a comunidade médica ainda considera os transtornos mentais como o principal indicador de risco para esse tipo de comportamento.

Resultados do Estudo

Os pesquisadores, sobretudo, realizaram uma revisão e reanálise minuciosa de dados provenientes de 17 estudos já existentes, os quais investigaram as alterações moleculares no sangue e no cérebro após o falecimento de indivíduos que cometeram suicídio.

Segundo Kaster, a escassez de estudos sobre esse tema decorre das dificuldades inerentes ao acesso a amostras biológicas desse tipo. Além disso, quando considerados de forma isolada, os resultados dessas pesquisas tendem a ser mais limitados.

Eventualmente, o córtex pré-frontal se destacou como a mais frequentemente verificada nos estudos analisados. Esses achados sugerem que as alterações estruturais nessa região cerebral, essencial para processos como tomada de decisões e flexibilidade comportamental, podem desempenhar um papel relevante no contexto do comportamento suicida.

Compreendendo as Alterações

Entre as descobertas, os pesquisadores da UFSC e Unicamp identificaram alterações em sistemas de neurotransmissores, vias relacionadas aos processos de obtenção e utilização de energia pelas células, bem como mecanismos de neuroplasticidade e comunicação celular.

Essas mudanças moleculares foram predominantemente associadas às células gliais, componentes do tecido nervoso que mantêm uma interação próxima e dinâmica com os neurônios. Segundo o estudo, essas células são cruciais no controle da comunicação celular, no metabolismo e na plasticidade cerebral.

Além disso, a análise dos dados revelou modificações em fatores de transcrição, moléculas responsáveis pela regulação da expressão de vários genes. Em outras palavras, esses fatores são encarregados de dizer aos outros genes o que devem fazer.


Referência: G1 Globo.

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