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Estudo Revela Marcadores dos Cinco Estágios do Parkinson; Veja!

Pesquisadores criam métrica inovadora e identificam marcadores dos cinco estágios do Parkinson, que atinge cerca de 4 milhões de pessoas

 

A princípio, cientistas analisaram imagens cerebrais de mais de 2,5 mil pessoas com doença de Parkinson em 20 países e identificaram padrões de neurodegeneração. Como resultado, conseguiram desenvolver métricas para cada um dos cinco estágios clínicos da doença, oferecendo uma nova perspectiva sobre sua progressão.

Atualmente, cerca de 4 milhões de pessoas no mundo vivem com a doença de Parkinson, uma condição neurológica progressiva que compromete estruturas cerebrais essenciais para os movimentos. Seu avanço afeta gradualmente a coordenação motora, impactando a qualidade de vida dos pacientes.

Identificação de Marcadores dos Cinco Estágios do Parkinson

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Publicado na revista NPJ Parkinson’s Disease, o estudo representa um grande avanço no entendimento da doença de Parkinson. Com a análise aprofundada e o vasto volume de dados obtidos, sobretudo, esse trabalho abre portas para avanços no diagnóstico e oferece uma base sólida para testar e monitorar novos tratamentos de maneira mais eficaz do que nunca.

No estágio inicial da doença, os primeiros sintomas incluem tremores, rigidez muscular e lentidão de movimentos, de antemão, em um lado do corpo. Com o progresso da doença, então, esses sintomas se tornam bilaterais. No estágio final, a dependência de cadeira de rodas se torna necessária devido à rigidez nas pernas, que impede o paciente de andar.

“Há muitos anos o diagnóstico clínico, apoiado por alguns exames complementares, é bem estabelecido. No entanto, pela primeira vez, foi possível relacionar a escala de progressão da doença – os cinco estágios de sintomas clínicos – com as alterações quantitativas nas imagens cerebrais.”

Mudanças Cerebrais Além dos Núcleos da Base

Cendes explica que, na doença de Parkinson, ocorrem modificações na estrutura dos núcleos da base, igualmente conhecidos como gânglios basais – regiões cerebrais responsáveis pelos movimentos automáticos. No entanto, o estudo revelou que essas mudanças não se limitam a essas áreas, mas se estendem progressivamente a outras regiões corticais.

Observamos que, conforme cada estágio da doença avançava, havia um grau maior de atrofia ou hipertrofia não só nas estruturas ligadas ao movimento, mas também em outras áreas corticais. E são essas combinações de atrofia e hipertrofia que estão relacionadas com o estágio da doença”, explica.

Ainda assim, ele acrescenta que essas alterações são microscópicas e invisíveis a olho nu, contudo, com o auxílio de inteligência artificial e programas avançados, é possível identificar padrões e, eventualmente, monitorar essas transformações com maior precisão.

Abertura de Portas para Novos Tratamentos

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Acima de tudo, o estudo estabeleceu uma métrica para quantificar as alterações cerebrais em cada estágio do Parkinson, o que pode trazer avanços significativos, principalmente no suporte a diagnósticos mais precisos.

No campo dos tratamentos, essas descobertas também são promissoras. Atualmente, o Parkinson não tem cura, e as terapias disponíveis focam apenas na reposição de dopamina – neurotransmissor que os neurônios dos pacientes deixam de produzir, causando as alterações cerebrais e sintomas característicos da doença.

Com o tempo, porém, o Parkinson se espalha além dos núcleos da base, afetando outras regiões do cérebro. Consequentemente, os pacientes desenvolvem sintomas não motores, bem como depressão, ansiedade, distúrbios do sono e comprometimento cognitivo, que pode evoluir para demência.

“Os dados morfométricos que obtivemos com esse trabalho são medidas sensíveis e reprodutíveis, o que permite ser um suporte ao diagnóstico clínico. Com a infinidade de dados que obtivemos nesse estudo, é possível, com o auxílio da inteligência artificial, criar programas que auxiliem a clínica.”
Fernando Cendes
Pesquisador responsável do BRAINN

Referência: CNN Brasil.


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