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Existe Relação entre Gordura Abdominal e Alzheimer? Descubra!

Uma nova pesquisa revela detalhes da relação entre gordura abdominal e Alzheimer, condição neurodegenerativa bastante comum

 

Conforme o acúmulo de gordura abdominal aumenta, o centro de memória do cérebro tende a diminuir, e proteínas como beta-amiloide e tau — marcadores associados ao Alzheimer — podem se manifestar. Essa relação foi eventualmente destacada em pesquisa apresentada em 2 de dezembro de 2024, durante a conferência da Sociedade de Radiologia da América do Norte.

A obesidade abdominal e o Alzheimer, de antemão, são preocupações crescentes em todo o mundo. Enquanto a primeira é um fator de risco para diversas condições metabólicas e cardiovasculares, o segundo representa uma das principais causas de declínio cognitivo.

Qual a Relação entre Gordura Abdominal e Alzheimer?

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Em síntese, tanto as placas beta-amiloides quanto os emaranhados tau representam sinais iniciais de que o cérebro pode estar caminhando para um possível diagnóstico de Alzheimer. As placas amiloides tendem a se formar primeiro, seguidas pelos emaranhados tau, que surgem à medida que a doença avança.

Quanto mais amiloide ou tau você tem no cérebro, mais doente o cérebro fica”, explica Cyrus Raji, professor associado de radiologia na Universidade Washington, em St. Louis, e autor sênior do estudo.

Além disso, Richard Isaacson, neurologista preventivo e diretor de pesquisa do Instituto de Doenças Neurodegenerativas na Flórida, ressalta que uma redução no fluxo sanguíneo no centro de memória do cérebro pode levar ao encolhimento, outro biomarcador significativo do Alzheimer.

“Como o estudo encontrou essas relações décadas antes do declínio cognitivo e um diagnóstico esperado, ter um foco preciso na redução da gordura abdominal pode ser uma de nossas ferramentas mais poderosas para combater essa terrível doença.”
Richard Isaacson
Diretor de pesquisa do Instituto de Doenças Neurodegenerativas na Flórida

Como a Gordura Visceral Afeta o Cérebro

Um estudo piloto conduzido por Cyrus Raji e sua equipe, divulgado em novembro de 2023, revelou uma conexão entre a gordura visceral e o acúmulo de amiloide nos cérebros de 32 homens e mulheres entre 40 e 50 anos. Embora o estudo não tenha confirmado a presença de tau nesse estágio, os dados reforçam a relação da gordura visceral com processos inflamatórios e alterações cerebrais.

Assim, diferente da gordura subcutânea, que constitui cerca de 90% da gordura corporal, conforme a Cleveland Clinic, a gordura visceral envolve os órgãos vitais do corpo e representa riscos maiores para a saúde.

Para a pesquisa, os cientistas utilizaram tomografia por emissão de pósitrons (PET), considerada o padrão-ouro, para identificar amiloide e tau nos cérebros dos participantes. Além disso, ressonâncias magnéticas foram usadas para medir os níveis de gordura visceral associados ao aumento da circunferência abdominal.

Por Que a Gordura Visceral Representa um Risco?

A gordura visceral, por estar próxima aos órgãos, recebe mais fluxo sanguíneo e apresenta maior atividade hormonal em comparação à gordura subcutânea, explica Raji.

Analisamos a resistência à insulina através dos níveis de insulina plasmática em jejum e testes de tolerância à glicose e descobrimos que a insulina mais anormalmente alta foi vista em pessoas com maiores quantidades de gordura visceral”, diz.

O estudo identificou igualmente uma conexão entre a gordura abdominal profunda e a atrofia cerebral no hipocampo, região crucial do centro de memória do cérebro. Segundo Raji, a atrofia cerebral é mais um biomarcador associado à doença de Alzheimer.

“A maior parte do índice de massa corporal (IMC) de uma pessoa reflete gordura subcutânea, não gordura visceral. Então, medimos a gordura visceral usando ressonância magnética abdominal, e temos um programa de computador especializado que pode medir o volume real de tecido adiposo visceral.”

Efeito da Gordura Abdominal no Cérebro e Alzheimer

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O estudo foi ampliado para incluir mais 48 participantes, totalizando 80, com média de idade de 49 anos e índice de massa corporal (IMC) médio de 32. Para o padrão médico, um IMC acima de 30 já configura obesidade. Segundo Raji, as descobertas atualizadas foram apresentadas na conferência da Sociedade de Radiologia da América do Norte em 2 de dezembro de 2024.

Como resultado, as tomografias PET revelaram que o aumento nos níveis de gordura visceral está diretamente relacionado ao aumento dos níveis de amiloide e tau no cérebro, reforçando a conexão entre a gordura abdominal e os biomarcadores do Alzheimer, de acordo com a pesquisa.

Porém, existem dicas eficazes para combater a gordura abdominal e reverter essa tendência, destacou Isaacson. Ele orienta a focar não apenas no peso corporal, mas na composição corporal. Além disso, o exercício é indispensável, mas deve ser realizado de maneira “mais inteligente e não necessariamente mais intensa”, recomendou o especialista.

Referência: CNN Brasil.


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