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Guia aponta pela 1ª vez grupos que devem fazer Triagem para Tumor Colorretal

Saiba mais sobre o Guia que está auxiliando na Triagem de grupos para o diagnóstico de Tumor Colorretal

Um estudo publicado na revista Americana Journal of Surgical Oncology em Março de 2023 pela SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica) traz consenso e diretrizes importantes para o tumor colorretal, o chamado câncer anal. Abordando triagem, tratamento e vacinação contra o HPV. Dessa forma, o estudo identificou grupos de risco, como homens que fazem sexo com homens, indivíduos vivendo com HIV e pacientes imunossuprimidos (incluindo transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea). Assim como mulheres com histórico prévio de câncer de vulva ou lesões pré-neoplásicas na vulva.

A pesquisa

Dessa forma, a pesquisa, que analisou 121 artigos científicos, resultou em diretrizes elaboradas por especialistas brasileiros. Fornecendo orientações sobre quais grupos de risco podem se beneficiar da triagem para câncer anal, especialmente do carcinoma espinocelular do canal anal.

O estudo também destacou a infecção pelos subtipos carcinogênicos do vírus HPV como uma das principais causas do câncer anal. Nesse sentido, essa é a primeira vez que recomendações para triagem desse tipo de câncer em populações de alto risco são incluídas em diretrizes médicas. O cirurgião oncológico Marcus Valadão, diretor científico da SBCO e um dos autores das diretrizes, ressalta a importância dessas recomendações para orientar a realização de exames de triagem.

Entre os fatores considerados na definição dos grupos de risco para triagem estão a etiologia e epidemiologia da doença. O aumento da incidência de tumores anais está associado a infecções virais pelo HPV e ao HIV, que causa a Aids e atua como fator importante de imunossupressão. Além disso, algumas infecções sexualmente transmissíveis, como herpes genital, gonorreia e clamídia, bem como a prática do sexo anal e o tabagismo, são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer anal.

A triagem tem como objetivo principal o diagnóstico precoce, visando reduzir a mortalidade pela doença. Dados do levantamento SEERs, do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, mostram que, quando detectado em estágio inicial, com a doença ainda restrita ao ânus, a taxa de cura (sobrevivência por cinco anos após o diagnóstico) é de 83,7%. Por outro lado, quando ocorre metástase para outros órgãos, essa taxa cai para 36,2%. O Atlas de Mortalidade por Câncer, do Ministério da Saúde brasileiro, revela que o câncer anal foi responsável por 1.040 mortes no país em 2020.

O Câncer

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O câncer de ânus é uma forma relativamente rara de tumor colorretal, representando entre 1% e 2% dos casos. No entanto, nos últimos anos, tem havido um aumento preocupante na sua incidência, levando a uma crescente preocupação em relação à saúde pública.

Muitas vezes, esse tipo de câncer é assintomático ou os sintomas não são facilmente identificados. Geralmente, o diagnóstico ocorre quando sinais como sangramento retal, coceira, presença de nódulos ou massas no ânus se tornam evidentes. No entanto, é importante ressaltar que esses sintomas também podem estar relacionados a outras condições benignas.

As diretrizes

A elaboração da diretriz contou com a colaboração de 14 especialistas, incluindo cirurgiões, oncologistas e radioterapeutas, formando uma comissão designada pela SBCO. Essa equipe revisou a literatura científica e formulou diretrizes abordando 30 tópicos relevantes sobre o câncer anal. Assim, o objetivo foi fornecer um documento que oferecesse orientações claras e acessíveis, baseadas nas melhores evidências científicas atuais, abrangendo desde a triagem dos pacientes até o tratamento do câncer anal e a vacinação contra o HPV. Essas diretrizes têm como propósito auxiliar cirurgiões e oncologistas no tratamento do câncer de canal anal. Melhorando os resultados terapêuticos e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes afetados por essa doença.

Marcus Valadão, principal autor do estudo, destaca a importância dessas diretrizes como um guia prático na triagem do Tumor Colorretal. Auxiliando-os na tomada de decisões terapêuticas embasadas nas melhores práticas e evidências científicas disponíveis.

Referência: Valadão M, Riechelmann RP, Silva JACE, Mali J, Azevedo B, Aguiar S, Araújo R, Feitoza M, Coelho E, Rosa AA, Jay N, Braun AC, Pinheiro R, Salvador H. Brazilian Society of Surgical Oncology: Guidelines for the management of anal canal cancer. J Surg Oncol. 2023 Jun 6. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/jso.27269

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