- 30 de abril de 2024
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Insuficiência Cardíaca e Câncer: Existe uma Associação?
Descubra mais sobre a possível conexão entre insuficiência cardíaca e câncer, que estão dentre as principais causas de mortalidade no mundo
Com o avanço no tratamento da insuficiência cardíaca (IC), primordialmente, observa-se uma mudança nos padrões de mortalidade, com muitos pacientes vindo a óbito por causas não relacionadas ao coração, como o câncer.
Além dos fatores de risco comuns que contribuem para ambas as condições, há evidências de que a inflamação crônica e a ativação neuro-hormonal também desempenham um papel significativo.
Estudos recentes indicam uma maior incidência de câncer em pacientes diagnosticados com IC em comparação com a população em geral. Nesse sentido, pesquisadores realizaram um estudo para investigar o desenvolvimento de câncer em pacientes recém-diagnosticados com insuficiência cardíaca.
Estudo sobre a Conexão entre Insuficiência Cardíaca e Câncer
Um estudo retrospectivo foi conduzido, analisando dados da população dinamarquesa obtidos a partir de registros nacionais. O acompanhamento teve início um ano após o diagnóstico de insuficiência cardíaca em pacientes com idades entre 30 e 80 anos, durante o período de 1997 a 2016. Foram excluídos pacientes diagnosticados com câncer até dez anos antes do início do acompanhamento.
Como resultado, o desfecho principal do estudo foi a ocorrência de qualquer tipo de câncer, com exceção do câncer de pele não melanoma, ao longo de um período de cinco anos. Um total de 103.711 pacientes foram incluídos na análise.
Ao longo do período de acompanhamento, observou-se uma proporção maior de homens, com essa tendência aumentando ao longo do tempo. A taxa de incidência de câncer em cinco anos foi de 20,9 e 20,2 por mil pessoas por ano em 1997 e 2016, respectivamente, e não houve diferença estatisticamente significativa após ajustes para sexo, idade, comorbidades e uso de medicações.
Tipos Mais Comuns de Câncer e Distribuição por Faixa Etária
Durante o primeiro ano de acompanhamento, a taxa de câncer foi mais alta, especialmente entre os pacientes com mais de 60 anos. Eventualmente, os tipos mais comuns foram os do trato gastrointestinal, pulmão e mama.
Ao longo dos cinco anos, então, houve uma redução significativa no risco de morte por doenças cardiovasculares, enquanto a diferença no risco absoluto de câncer foi maior entre os pacientes com mais de 60 anos.
Referência: Portal Afya.
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