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Julho Verde e Amarelo: mês da conscientização do câncer de cabeça e pescoço e das hepatites virais

Entenda no artigo sobre as campanha de Julho Verde e Amarelo, o mês que trata sobre o câncer de cabeça e pescoço e das hepatites virais

No Brasil, há algum tempo, temos observado o crescimento do movimento colorido em campanhas de conscientização e prevenção da saúde. Essas iniciativas surgiram com o objetivo de alertar as pessoas sobre diferentes doenças, condições, síndromes e cânceres, a fim de promover a prevenção e o diagnóstico precoce.

Um exemplo é o Julho Verde, uma campanha idealizada pela Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG Brasil) e implementada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP). Dessa forma, seu principal propósito é informar sobre a eficácia do tratamento do câncer de cabeça e pescoço quando realizado precocemente. Portanto, é essencial buscar um diagnóstico assim que os sintomas forem percebidos.

O Julho Amarelo, por sua vez, é uma campanha estabelecida pela Lei nº 13.802/2019, com o intuito de promover a conscientização sobre as hepatites virais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil registrou 75 mil óbitos relacionados a hepatites virais desde 2002.

Por essa razão, o Governo Federal realiza ações de vigilância, prevenção e controle, visando reduzir os riscos de contrair essas doenças. A escolha da cor amarela como símbolo está relacionada ao amarelamento dos olhos e da pele observado nos indivíduos infectados.

Julho Verde: A conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço

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O câncer de cabeça e pescoço engloba diversos tipos de câncer, como o de boca, seios paranasais, nariz e garganta. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os fumantes são os mais propensos a desenvolver essa doença.

De acordo com o Inca, entre 35 mil e 40 mil brasileiros são diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço a cada ano. Essa condição é o segundo tipo de câncer mais comum em homens, o quinto em mulheres e o sétimo no ranking geral de incidência no Brasil.

Diante dessas estatísticas alarmantes, a campanha do Julho Verde ganha uma enorme relevância.

Sintomas 

Inicialmente, o câncer de cabeça e pescoço pode se desenvolver de forma silenciosa, sem apresentar sinais visíveis. No entanto, em estágios mais avançados, os sintomas se tornam perceptíveis e facilmente identificáveis, especialmente nas áreas da boca, seios paranasais, nariz e garganta.

Os principais sintomas associados ao câncer de cabeça e pescoço incluem:

  • Dores nos ouvidos e/ou pescoço;
  • Rouquidão ou dificuldade para falar;
  • Dificuldade para engolir;
  • Dor ou secura na garganta;
  • Feridas persistentes na boca;
  • Perda de peso inexplicável;
  • Lesão aparente no rosto;
  • Aumento dos gânglios linfáticos ou presença de nódulo.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), realiza-se o diagnóstico de quase 60% dos casos de câncer de cabeça e pescoço tardiamente. 

Prevenção 

Conforme mencionado anteriormente, o tabagismo é um fator de risco conhecido para o desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço. No entanto, não é a única causa. O consumo excessivo de álcool, especialmente em combinação com o tabaco, também é um agravante.

Além disso, a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) aumenta significativamente as chances de desenvolver essa doença.

Portanto, as principais medidas de prevenção do câncer de cabeça e pescoço incluem:

  • Evitar o uso de tabaco e o consumo excessivo de álcool;
  • Utilizar preservativo em todas as relações sexuais;
  • Vacinar-se contra o HPV;
  • Ter uma alimentação saudável;
  • Manter uma boa higiene bucal;
  • Usar protetor solar diariamente;
  • Realizar visitas regulares ao dentista.

Assim, ao adotar essas práticas preventivas, é possível reduzir o risco de desenvolver essa doença e manter uma saúde bucal e geral adequada.

Tratamento 

Existem três formas de tratamento para o câncer de cabeça e pescoço: 

  • Cirurgia;
  • Radioterapia;
  • Quimioterapia. 

A cirurgia é a principal abordagem, especialmente quando o tumor está localizado, permitindo a remoção sem causar grandes danos à saúde do paciente. Por exemplo, se o nódulo estiver na mandíbula, lábios ou língua, a parte afetada é removida e pode ser realizada uma cirurgia plástica para reconstrução.

Além disso, é altamente recomendado o acompanhamento de um fonoaudiólogo para auxiliar na recuperação da fala e da deglutição.

No entanto, quando a doença já se disseminou para outras regiões do corpo, ou seja, está em estágio de metástase, a radioterapia ou quimioterapia são as opções mais indicadas. Esses tratamentos visam combater as células cancerígenas em todo o organismo.

Julho Amarelo: as hepatites virais 

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As hepatites virais são infecções que afetam o fígado de forma leve, moderada ou grave, tornando o processo de desintoxicação do organismo mais complexo.

De acordo com o Boletim Epidemiológico Hepatites Virais 2021, o Brasil registrou 600 mil casos de hepatites virais nos últimos 20 anos. O ranking de infecções por tipo de hepatite é o seguinte:

  • 24,4% para hepatite A;
  • 36,9% para hepatite B;
  • 38,1% para hepatite C;
  • 0,6% para hepatite D;
  • Não há registros significativos para a hepatite E.

Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu metas para reduzir em 90% as novas infecções por hepatite e em 65% a mortalidade decorrente dessa doença até o ano de 2030. Dessa forma, a campanha do Julho Amarelo é crucial e precisa ser implementada na sociedade em geral.

Tipos de Hepatite 

  • Hepatite A

A hepatite A, também conhecida como hepatite infecciosa, é causada pelo vírus A (HAV). A transmissão ocorre principalmente por meio do contato fecal-oral, geralmente devido a condições precárias de saneamento e hábitos de higiene inadequados. Outras formas de transmissão incluem contato sexual oral e anal, além da ingestão de água e alimentos contaminados. Medidas preventivas importantes incluem lavar bem os alimentos crus, higienizar as mãos corretamente e utilizar preservativo em todas as práticas sexuais.

  • Hepatite B

A hepatite B é causada pelo vírus da hepatite B (HBV) e é transmitida principalmente por relações sexuais desprotegidas e contato com sangue infectado. A transmissão da mãe para o bebê durante o parto também é uma forma de contágio. A infecção inicial pode ser aguda, mas em alguns casos torna-se crônica, podendo levar ao desenvolvimento de cirrose e câncer de fígado. É considerada uma infecção sexualmente transmissível e foi responsável por uma porcentagem significativa de casos de hepatite no Brasil.

  • Hepatite C

A hepatite C é causada pelo vírus da hepatite C (HCV) e geralmente apresenta uma evolução silenciosa, resultando em uma inflamação persistente no fígado. As formas mais comuns de transmissão incluem o compartilhamento de agulhas e seringas, reutilização ou falha na esterilização de equipamentos médicos, odontológicos, de manicure e tatuagem, além de procedimentos como hemodiálise, cirurgias e transfusão inadequada. Também pode ser transmitida sexualmente (embora seja menos comum) e de mãe para filho. A hepatite C aumenta o risco de desenvolver cirrose e câncer de fígado.

  • Hepatite D

A hepatite D é causada pelo vírus da hepatite D (HDV) e está associada à presença do vírus da hepatite B (HBV) no organismo. Existem duas formas de infecção: infecção simultânea com o HBV e superinfecção do HDV em uma pessoa com infecção crônica pelo HBV. A forma crônica da hepatite D pode evoluir rapidamente para cirrose e aumenta os riscos de câncer e morte. A transmissão ocorre por meio de relações sexuais desprotegidas, de mãe para filho durante a gravidez e o parto, e pelo compartilhamento de objetos contaminados, como escovas de dentes, lâminas de barbear e objetos para tatuagens e piercings que não seguem as normas de biossegurança.

  • Hepatite E

A hepatite E é uma infecção causada pelo vírus E (HEV). Geralmente é uma doença aguda e autolimitada, de curta duração. Embora possa ser grave durante a gravidez, raramente se torna crônica, mesmo em pessoas com imunodeficiência. A transmissão ocorre principalmente pela via fecal-oral, por meio do consumo de água contaminada e em locais com infraestrutura sanitária precária.

Prevenção das hepatites virais

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir as hepatites virais. Por isso, no Sistema Público de Saúde (SUS), estão disponíveis vacinas contra hepatite A e B, sendo que esta última também protege contra a hepatite D.

No caso das infecções fecal-orais, como as hepatites A e E, algumas medidas de prevenção incluem:

  • Lavar as mãos sempre ao manipular alimentos ou após ir ao banheiro.
  • Lavar e higienizar alimentos para consumo cru com água tratada ou fervida.
  • Limpar adequadamente utensílios utilizados para consumo de alimentos.
  • Desinfetar objetos, bancadas e áreas compartilhadas, como copas de empresas, com produtos adequados, como hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.

Para evitar as contaminações por fluidos corporais, como as hepatites B, C e D, algumas recomendações de prevenção são:

  • Utilizar preservativo durante todas as relações sexuais.
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal.
  • Evitar o compartilhamento de objetos cortantes ou perfurantes.
  • Realizar profilaxia em crianças nascidas de mães infectadas.

Tratamento das hepatites virais

O tratamento das hepatites virais varia de acordo com cada caso. Geralmente, prescreve-se medicamentos para controlar os sintomas e evitar a desidratação. Em estágios agudos ou crônicos, é importante realizar um acompanhamento médico para prevenir complicações, como cirrose ou câncer de fígado.

Além disso, recomenda-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas ou outras substâncias que possam prejudicar o fígado, ter uma alimentação saudável e descansar adequadamente. Em casos de insuficiência hepática aguda, a hospitalização é necessária o mais rápido possível.

É fundamental seguir as orientações médicas e adotar um estilo de vida saudável para auxiliar no tratamento e recuperação do fígado em casos de infecção pelo vírus da hepatite.

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