A laringite e faringite ocorrem por inflamações virais ou infecções bacterianas. Ambas as doenças têm sintomas parecidos e, por isso, é fácil confundi-las. Entretanto, elas possuem tratamentos e tempos de cura diferentes. 

Confira as diferenças e semelhanças abaixo entre a Laringite e Faringite: 

Laringite

A laringite é a inflamação da laringe (região das vias aéreas onde ficam localizadas as cordas vocais) conectando a faringe e a traquéia e, dessa forma, faz parte do sistema respiratório. 

A região é inflamada por ser causada por um vírus (mais prevalente), bactérias, inalação de agentes alérgicos ou esforço excessivo da voz. O sintoma mais conhecido é a popular dor de garganta, porém, esse sintoma pode indicar a faringite, por exemplo. 

Alguns fatores que aumentam os riscos de ter a doença são: pessoas que utilizam a voz fazendo esforço acima do habitual, exposição à fumaças, as pessoas que têm refluxo gastroesofágico, fumantes ou aqueles que fazem o uso excessivo de álcool mais propensas a terem essa inflamação. 

Sintomas da Laringite 

• Pigarro;
• Dor de garganta;
• Febre;
• Dor de cabeça, de garganta ou muscular;
• Rouquidão ou perda da voz;
• Sensação de garganta áspera;
• Dificuldade para respirar;
• Dor ao engolir;
• Tosse.

Diagnóstico da doença 

Em geral, o otorrinolaringologista analisa a história clínica do paciente. Nesse sentido, examina-se o fundo da garganta com um abaixador de língua e espelho ou tubo de visualização fino e flexível, permitindo observar uma possível vermelhidão no revestimento da laringe. 

No caso de persistência dos sintomas por mais de três semanas, é solicitado exames de laringoscopia e videolaringoscopia para visualizar a região mais detalhadamente. Na suspeita de uma infecção bacteriana, por exemplo, na presença de pus, há exames mais específicos na indicação do tratamento correto. 

O tratamento da Laringite

Frequentemente, a laringite viral é uma doença autolimitada, com uma duração menor que três semanas. Nesse sentido, indicam-se analgésicos e anti-inflamatórios no controle e alívio da dor. Caso seja uma infecção bacteriana, há o envolvimento de antibióticos. 

Em todos os casos, há a recomendação que o paciente beba bastante água para manter a região hidratada, além da necessidade de poupar a voz. 

A prevenção 

• Beber bastante água;
• Não fumar;
• Descansar a voz; forçar as cordas vocais para falar mais alto pode prejudicar a laringe;
• Evitar contato com agentes alérgicos comuns como pó, pólen e mofo;
• Caso tenha refluxo, mantenha o tratamento para evitar o surgimento de laringite e outros problemas de garganta.

Faringite 

A Faringite é uma inflamação que acomete a faringe, parte superior da garganta que liga o nariz e a boca ao esôfago e à laringe. Dessa forma, é causada por bactérias ou vírus, os mais vírus mais frequentes são: adenovírus, rinovírus, vírus da parainfluenza, Coxsackie (o mesmo da doença mão-pé-boca), Herpes simplex (HSV, que provoca herpes simples e herpes genital), Epstein-Barr (VEB, que causa a mononucleose), citomegalovírus e HIV (causador da aids). 

A causa bacteriana principal são os estreptococos do grupo A, assim, responsáveis por cerca de 10% dos casos em adultos. Essa bactéria merece atenção especial em razão do risco das sequelas pós-estreptocócicas, como a febre reumática. 

Essa inflamação, em muitos casos, é comum quando atinge também as amígdalas, estruturas que estão na lateral da garganta, o que gera uma faringoamigdalite.

Sintomas da faringite viral  

• Dor de garganta;
• Dificuldade para engolir alimentos sólidos;
• Coriza;
• Tosse;
• Febre baixa, de até 38,5℃.

Sintomas da faringite bacteriana 

• Dor de garganta;
• Dificuldade para engolir alimentos sólidos;
• Aumento dos linfonodos, gânglios localizados no pescoço e atrás das orelhas;
• Dores no corpo;
• Pode haver formação de secreção purulenta nas amídalas;
• Febre alta que começa subitamente e pode chegar a 39℃.

Diagnóstico  

Basicamente, o diagnóstico é bastante clínico. O médico observará a região da garganta, o nível de irritação do órgão, o tamanho do edema (inchaço) ou secreção. O pescoço é examinado para verificar linfonodos aumentados. 

Eventualmente, caso o médico tenha dúvidas se a faringite é viral ou bacteriana, é possível pedir um exame rápido para confirmação. Auxiliado por um instrumento fino, semelhante a um cotonete, amostras da secreção da garganta são coletadas para envio ao laboratório especializado.Dessa forma os resultados saem em alguns minutos.  

Tratamento da Faringite 

O tratamento à base de medicamentos deve ser indicado pelo otorrinolaringologista após a avaliação do paciente, pois tudo depende da causa da doença. Contudo, na possibilidade de um refluxo gastroesofágico, o tratamento passa pelo estômago. 

Na constatação de uma faringite viral, há o uso de analgésicos e anti-inflamatórios no alívio dos sintomas. Da mesma forma, hidratar-se é fundamental. Na faringite bacteriana, há o uso de antibióticos como a penicilina, eritromicina e amoxicilina. Assim, os medicamentos passam por via oral ou injeção. 

Recomendações 

• Beba bastante água. Hidratação é fundamental (no mínimo 2 litros por dia);
• Evite ficar em ambientes fechados por muito tempo;
• Chupar pastilhas para garganta a cada 2 horas pode ajudar a aliviar os sintomas