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Conheça o Novo Método Promissor para Tratar Câncer de Mama

Com testes realizados em animais, cientistas se uniram para desenvolver um método promissor para tratar câncer de mama

 

Pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP e da Faculdade de Medicina de Harvard, nos EUA, desenvolveram uma nova estratégia para tornar o tratamento do câncer de mama triplo-negativo mais eficiente. O método, em suma, promete reduzir os tumores de forma mais rápida e minimizar os efeitos colaterais da quimioterapia nos pacientes.

O estudo foi publicado recentemente na Science Signaling, revista científica internacional especializada em sinalização celular. Ele faz parte de uma iniciativa da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS).

Qual é o Método Promissor para Tratar Câncer de Mama?

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O tratamento convencional, a princípio, utiliza a quimioterapia como um dos primeiros e principais recursos. Sobretudo, a nova abordagem proposta pelos pesquisadores inclui uma etapa inicial para enfraquecer as células tumorais antes da administração dos quimioterápicos.

O objetivo é reduzir a resistência das células cancerígenas e aumentar sua taxa de morte. Para alcançar esse resultado, então, o pós-doutorando do IQSC e um dos autores do estudo, Vinícius Guimarães Ferreira, avaliou 192 compostos químicos com o potencial de “debilitar” seletivamente as células tumorais, sem afetar as saudáveis.

A busca pela “molécula ideal” eventualmente levou o cientista a testar as substâncias em células doentes com a ajuda de uma impressora de compostos químicos. Ela aplicou automaticamente os materiais nas células, conforme os parâmetros definidos pela equipe de pesquisa.

“Utilizando apenas o quimioterápico para tratar os animais, o tumor teve uma redução de 10% em seu tamanho. Já com o tratamento combinado, o tumor diminuiu 60% no mesmo período. Ou seja, a terapia foi seis vezes mais eficiente ou, então, 500% mais eficaz.”
Vinícius Guimarães Ferreira
Pós-doutorando do IQSC e um dos autores da pesquisa

Molecula Torna Células Tumorais Mais Vulneráveis

Após essa fase, as células foram submetidas a um outro dispositivo para avaliar o grau de enfraquecimento. Assim, o cientista analisou e interpretou os resultados até identificar o composto que melhor atendia a seus objetivos: o que mais aproximou as células da morte.

A eficácia foi medida principalmente pela quantidade de proteínas (citocromo c) que as células perderam após a aplicação dos compostos, o que indicou o grau de vulnerabilidade das células tumorais. Em seguida, a molécula escolhida foi utilizada no tratamento de camundongos com câncer de mama por 21 dias, combinada com sessões de quimioterapia. Os resultados foram promissores.

Como resultado, essa abordagem, ao oferecer um tratamento mais eficaz contra o tumor, pode proporcionar aos pacientes uma redução nos efeitos colaterais causados pelos medicamentos tóxicos usados na quimioterapia.

Câncer de Mama Triplo-Negativo: Um Desafio no Combate ao Câncer

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O câncer de mama triplo-negativo (TNBC) representa entre 10% e 15% de todos os casos de câncer de mama. É mais comum em mulheres com menos de 40 anos, de acordo com a Sociedade Americana de Câncer. Esse tipo de câncer se destaca por crescer e se espalhar de maneira mais rápida, com poucas opções de tratamento e resultados menos favoráveis.

Estudos realizados em 2019 revelam que o TNBC dobra seu tamanho em 124 dias, enquanto outros tipos de câncer de mama aumentam seu volume em 185 dias. O termo “triplo-negativo” se refere à falta de receptores para os hormônios estrogênio e progesterona nas células cancerígenas. Além disso, há a ausência ou baixa quantidade da proteína HER2, essencial para o crescimento das células mamárias.

Agora, cientistas do IQSC e de Harvard buscam parcerias com a indústria farmacêutica para licenciar o tratamento e avançar com os estudos, incluindo a realização de testes clínicos em humanos. A pesquisa foi conduzida no Dana-Farber Cancer Institute e no Laboratory of Systems Pharmacology de Harvard, ambos localizados em Boston (EUA).

Referência: Jornal da USP.


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