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Pesquisa Aponta 1 Milhão de Substâncias Contra Bactérias; Veja!

Confira mais detalhes sobre um estudo que identificou quase 1 milhão de substâncias contra bactérias resistentes!

 

Uma pesquisa revelou, de antemão, aproximadamente 1 milhão de substâncias que podem ser promissoras no combate a infecções bacterianas. Embora a descoberta seja inicial, ela é crucial considerando os crescentes casos de microrganismos resistentes aos medicamentos existentes.

Segundo um estudo recente, 750 mil mortes anuais causadas por bactérias super resistentes poderiam ser prevenidas com várias medidas, bem como o aumento do acesso a vacinas.

Temos antibióticos que são extremamente importantes […], mas as bactérias estão cada vez mais resistentes“, explica Luis Pedro Coelho, biólogo computacional e professor associado da Universidade de Tecnologia Queensland, na Austrália, e um dos autores da pesquisa publicada na revista científica Cell.

Como Substâncias Podem Combater Bactérias Resistentes?

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A equipe buscou identificar substâncias naturais eficazes no combate a microrganismos resistentes. Assim, utilizando dados já consolidados de estudos anteriores que investigaram uma variedade de bactérias, os pesquisadores focaram em peptídeos, pequenas unidades que compõem as proteínas.

Os pesquisadores, então, treinaram uma inteligência artificial (IA) com sequências genéticas de peptídeos conhecidas por combater o crescimento bacteriano.

Sob o mesmo ponto de vista, a IA analisou outras sequências de peptídeos e seus efeitos sobre diferentes tipos de bactérias. Logo, foi identificado quase 1 milhão de peptídeos potencialmente úteis no desenvolvimento de novos antibióticos.

Resultados Promissores no Combate a Bactérias

Em seguida, os cientistas selecionaram cem sequências de peptídeos e testaram suas ações contra bactérias, inicialmente in vitro e depois em modelos com camundongos. Assim, dos cem peptídeos testados, 79 demonstraram ação antibacteriana contra pelo menos um microrganismo, sejam bactérias benéficas ao corpo humano ou causadoras de doenças.

Dos 79 peptídeos, 63 mostraram eficácia no combate a bactérias patogênicas conhecidas por sua resistência aos antibióticos atuais. Em síntese, esses peptídeos conseguiram inibir o crescimento de pelo menos um entre 11 patógenos selecionados, incluindo bactérias de alto risco para a saúde humana.

No entanto, questões ainda permanecem, bem como a variabilidade dos efeitos de algumas proteínas entre bactérias de tipologias semelhantes, apontando áreas para futuras pesquisas.

O Futuro da Pesquisa Antibacteriana com IA Aprimorada

Além disso, o estudo conseguiu testar somente cem desses peptídeos, o que representa um desafio, já que a base compilada pela pesquisa é de cerca de 1 milhão. Coelho explica que é possível realizar testes semelhantes nos outros peptídeos, mas isso demanda um investimento alto em saúde e pesquisa.

O autor também aponta que outro caminho é aprimorar a inteligência artificial utilizada no estudo. Nesse caso, o ideal é desenvolver um modelo hábil em predizer a molécula que afeta especificamente a bactéria que se deseja combater. Isso diminui os efeitos colaterais nos pacientes e também reduz a chance de desenvolvimento de bactérias resistentes.


Referência: Estado de Minas.

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