Entenda sobre a pesquisa que revelou o crescente perigo de AVC

É o que expõe um estudo publicado na revista Neurology. O trabalho observou os dados de quase 40 mil pacientes americanos hospitalizados nas cidades estadunidenses da Flórida e Nova York entre os anos de 2007 e 2017. 

Em geral, esse AVC (Acidente Vascular Cerebral) ocorre pela ruptura de um aneurisma cerebral, quando há dilatação dos vasos, o que forma uma espécie de vacúolo ou invaginação com sangue. Doenças como hipertensão e tabagismo são os principais fatores de risco para esse tipo de ruptura. 

Quer entender melhor sobre essa pesquisa e os perigos do AVC? Explicamos tudo abaixo!

Incidência do AVC

O AVC ocorre quando existe uma morte das células no cérebro, dessa forma, acontece a interrupção do fluxo sanguíneo no órgão. Essa falta de circulação do sangue pode ocorrer de duas formas:

• • AVC hemorrágico: acontece quando uma artéria ou vaso sanguíneo se rompe, ocorre um vazamento do sangue na região do cérebro e causa a interrupção do fluxo sanguíneo apropriado. O que se sabe é que o aneurisma cerebral pode ser o causador desse tipo de AVC. 

• • AVC isquêmico: essa versão acontece quando há o entupimento dos vasos sanguíneos, as placas de gordura se acumulam nas paredes desses vasos. De acordo com a Academia Brasileira de Neurologia, cerca de 85% dos casos são na forma isquêmica, assim são mais fáceis de prevenir.

Existem alguns hábitos durante nossa vida que aumentam o risco de AVC e que podem ser mudados para evitar a incidência e o desenvolvimento da doença. Veja abaixo o que fazer para diminuir o risco de um acidente vascular cerebral: 

• • Cuidado com o colesterol;

• • Controle o peso;

• • Atenção com a pressão arterial;

• • Evite fumar;

• • Não usar drogas; 

• • Entre outros. 

A pesquisa 

O Aneurisma é uma dilatação (protuberância) em um vaso sanguíneo, ela pode ocorrer em qualquer região do corpo onde há artérias, como, por exemplo, do cérebro, do coração, do rim ou do abdômen. Essa doença ocorre muitas vezes por conta da pressão alta sem tratamento e gera problemas quando há o rompimento da artéria ou vaso sanguíneo. Quando o aneurisma cerebral rompe, é quando ocorre o AVC hemorrágico. 

Segundo a revista “Neurology”, os registros desse tipo de acidente vascular cerebral (AVC), a hemorragia subaracnóide, subiram, principalmente em homens negros acima de 65 anos. Os dados de quase 40 mil pacientes americanos internados na Flórida e em Nova York foram avaliados entre 2007 e 2017, juntamente com os dados entre homens e mulheres, por faixa etária e etnia. 

O estudo acompanhou a incidência média de casos, o resultado foi de 11 casos por 100 mil pessoas. Também foram analisados a faixa etária, acima dos 65 anos, os números duplicavam. Ao passo que, em negros, chegavam a uma média de 15 casos por 100 mil pessoas. 

Especialistas no Hospital Israelita Albert Einstein explicam que o estudo é de coorte, em outras palavras, observa uma população por um período de tempo, para definir a incidência da doença. E o resultado disso tem diversas motivações: não prevenção, detecção, tratamento e acompanhamento dos fatores de risco a que cada pessoa é exposta. 

Os riscos de ruptura para um AVC  

Geralmente, os aneurismas são rotos, ou seja, incidentais, apresentando baixo risco de sangramento, em torno de 1%. As pessoas geralmente não nascem com aneurismas, ou seja, seu desenvolvimento é na fase adulta. 

Por isso, é recomendado o acompanhamento com a monitoração dos fatores de risco para sua ruptura e a observação de possíveis mudanças em suas características físicas como, crescimento e irregularidade do seu contorno. 

Os fatores de risco são preveníveis, tais como o tabagismo, hipertensão e deficiência do estrógeno, no caso das mulheres. Assim como podem ser causados por infecções, drogas como anfetaminas e cocaína ou traumatismo, causado por um acidente.

Entenda mais sobre o Aneurisma com o Dr. Ernst, Cardiologista da SPX Clínica Santana de Parnaíba

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