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Pílula Contra o Câncer de Mama na Europa: Como Funciona?

Estima-se que 289 mil mulheres poderiam se beneficiar dessa pílula contra o câncer de mama na Inglaterra. Saiba mais!

 

Primordialmente, agora um grande número de mulheres na Inglaterra pode se beneficiar da eficácia demonstrada por uma pílula contra o câncer de mama. O anastrozol, medicamento historicamente utilizado no tratamento da doença, dessa forma, recebeu licença para ser empregado como opção preventiva.

Estudos recentes indicam que o medicamento pode reduzir em quase 50% a incidência de câncer de mama em mulheres que já passaram pela menopausa, especialmente aquelas com risco moderado ou elevado da doença.

Como resultado, estima-se que cerca de 289 mil mulheres, somente na Inglaterra, poderiam ser elegíveis para receber o medicamento.

Mais Sobre a Pílula Contra o Câncer de Mama

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Analogamente, o emprego desse medicamento poderia prevenir 2 mil casos de câncer de mama na Inglaterra, conforme apontado pelo NHS (sistema de saúde pública), resultando em uma economia estimada de 15 milhões de libras em custos de tratamento para o serviço de saúde.

A partir de agora, mulheres preocupadas com um risco elevado de câncer de mama podem entrar em contato com seus médicos de família, que as encaminharão para especialistas para uma avaliação completa do risco, levando em consideração o histórico familiar.

Recomendado em primeiro lugar como opção preventiva pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados do Reino Unido em 2017, o uso do anastrozol para esse fim recebeu agora licença da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde, como parte do programa de reaproveitamento de medicamentos do NHS.

E No Brasil?

O anastrozol não possui patente, permitindo que mais de uma empresa o fabrique, resultando em uma distribuição mais acessível do medicamento. No Brasil, o custo do medicamento genérico é aproximadamente R$ 30.

Entretanto, é importante destacar que em nosso país, embora o medicamento seja vendido em farmácias, sua autorização é para o tratamento da doença e não para o uso preventivo.

Resultados e Perspectivas

Lesley-Ann Woodhams, aos 61 anos, concluiu um tratamento de cinco anos, tomando um comprimido de anastrozol diariamente.

“Eu poderia viver sem me preocupar constantemente ou sem pensar no que poderia acontecer se eu desenvolvesse câncer de mama. Foi realmente um presente. Deu paz de espírito à minha família e a mim mesmo e, mais importante, um futuro pelo qual esperar”, celebrou.

Além disso, o professor Peter Johnson, diretor clínico nacional de câncer do NHS, compartilhou com o programa Today, da BBC Radio 4, que o medicamento representa uma perspectiva “muito atraente” para indivíduos com alto risco de câncer de mama.

Em síntese, ele destacou que pesquisas científicas apontaram a eficácia do medicamento na prevenção da doença, além de ressaltar que apresenta menos efeitos colaterais em comparação com o tamoxifeno, que já estava disponível como tratamento preventivo no Reino Unido.

O tratamento é administrado por meio de comprimidos de 1 mg, uma vez ao dia, ao longo de cinco anos. As autoridades britânicas afirmam que o efeito preventivo perdura por anos mesmo após a interrupção do uso do medicamento.

Risco de Efeitos Colaterais?

É importante ressaltar que, sobretudo, ainda há o risco de alguns efeitos colaterais da droga, os quais podem se assemelhar aos sintomas da menopausa, incluindo ondas de calor, náusea, artrite, dor de cabeça e fraqueza.

O NHS recomendou que as pacientes que experimentem esses efeitos colaterais discutam a situação com seus médicos ou farmacêuticos. O anastrozol opera bloqueando a ação de uma enzima chamada aromatase, resultando na redução do hormônio estrogênio.


Referência: BBC News Brasil.

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