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Estudo: Por Que Doenças Autoimunes Atingem Mais as Mulheres?

Mecanismo genético no cromossomo X está relacionado ao fato que as doenças autoimunes atingem mais as mulheres, aponta pesquisa

 

Cientistas da Stanford Medicine, localizada na California, nos Estados Unidos, fizeram uma recente descoberta sobre o por que doenças autoimunes atingem mais as mulheres, sobretudo, destacando-se a esclerose múltipla, lúpus e artrite reumatoide, que afetam até 8% da população mundial, sendo a maior parte o gênero feminino.

A razão pela qual as mulheres são mais afetadas por essas condições, acima de tudo, permanece um enigma. No entanto, o estudo recente citado, publicado na revista Cell, oferece uma possível explicação. Segundo os pesquisadores, uma molécula produzida pelo cromossomo X pode desencadear a produção de anticorpos contra as próprias células das mulheres.

Por que Doenças Autoimunes Atingem Mais as Mulheres?

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Ter dois cromossomos X, como no caso das mulheres, pode representar um risco de produção excessiva de proteínas, que por vezes podem ser prejudiciais ao organismo. Portanto, naturalmente, cada célula feminina “silencia” a atividade de um dos cromossomos X, garantindo que a mesma quantidade de proteína presente em uma célula masculina seja produzida em uma célula feminina.

Esse processo de inativação, eventualmente, é mediado por uma molécula chamada Xist, que se enrola ao redor do cromossomo X e o “desativa”. No entanto, esse “revestimento” do Xist pode atrair várias proteínas, confundindo o sistema imunológico, que pode começar a atacá-las por considerá-las tóxicas.

Como resultado, os anticorpos podem acabar atacando outras partes do corpo também, desencadeando uma doença autoimune. Isso ocorre porque cada célula do corpo pode exibir fragmentos dessas proteínas consideradas “tóxicas” em sua superfície

Sobre a Realização da Pesquisa

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram uma linhagem de camundongos, com fêmeas com alto risco de desenvolver lúpus e machos que não eram suscetíveis à doença. Os cientistas então realizaram modificações genéticas nos ratos machos para que eles, assim como as fêmeas, produzissem a molécula Xist.

De acordo com os autores do estudo, os ratos machos que foram geneticamente modificados apresentaram os mesmos riscos – ou até riscos mais elevados – de desenvolverem doenças autoimunes. Logo, isso sugere que a ação da molécula Xist no cromossomo X pode estar diretamente associada ao surgimento dessas doenças.


Referência: CNN Brasil.

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