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Estudo: Proteínas Podem Prever Demência 10 Anos Antes; Veja!

Descubra como um estudo sugere que determinadas proteínas podem prever demência até dez anos antes do diagnóstico!

 

No dia 12 de fevereiro, pesquisadores do Reino Unido e da China divulgaram resultados de um estudo com amostras de sangue congelado, revelando, principalmente, que proteínas podem prever demência mais de 10 anos antes do diagnóstico da doença.

O estudo, publicado na revista Nature Aging, integra uma série de pesquisas em curso realizadas por diversas equipes com o objetivo de identificar pacientes em risco de demência por meio de um teste de sangue simples. Muitos cientistas, sobretudo, consideram esse avanço como uma aceleração significativa no desenvolvimento de novos tratamentos para a doença.

Como Essas Proteínas Podem Prever Demência?

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Em síntese, exames de imagem cerebral têm a capacidade de detectar níveis anormais de uma proteína conhecida como beta-amiloide muitos anos antes do desenvolvimento da doença de Alzheimer. No entanto, esses testes são caros e podem não ser cobertos por planos de saúde.

“Com base neste estudo, parece provável que testes de sangue sejam desenvolvidos para prever o risco de desenvolver demência nos próximos 10 anos, embora indivíduos com maior risco muitas vezes tenham dificuldade em saber como responder”, aponta Suzanne Schindler, pesquisadora de Alzheimer na Universidade de Washington em St. Louis, que não participou da pesquisa.

O autor do estudo, Jian-Feng Feng, da Universidade Fudan em Xangai, enfatiza a importância desses testes em populações que estão envelhecendo, como a da China. Sobretudo, ele relata estar em negociações para o potencial desenvolvimento comercial de um teste de sangue baseado em sua pesquisa.

Detalhes sobre a Pesquisa

No estudo, pesquisadores da Universidade de Warwick e da Universidade Fudan analisaram 52.645 amostras de sangue do repositório de pesquisa Biobank do Reino Unido, coletadas entre 2006 e 2010, de indivíduos que não apresentavam sinais de demência na época.

Dentre essas amostras, 1.417 indivíduos eventualmente desenvolveram doença de Alzheimer, demência vascular ou qualquer outra forma de demência. Os pesquisadores investigaram assinaturas proteicas comuns nesses indivíduos, identificando 1.463 proteínas associadas à demência, classificando-as com base na probabilidade de prever a condição.

Os resultados revelaram que indivíduos com níveis mais elevados das proteínas GFAP, NEFL, GDF15 e LTBP2 tinham consistentemente maior probabilidade de desenvolver doença de Alzheimer, demência vascular ou outras formas de demência. Especificamente, aqueles com altos níveis de GFAP apresentavam 2,32 vezes mais chances de desenvolver demência.

Considerações

Schindler afirmou em um e-mail que a neurofilamenta leve, uma proteína que se mostrou eficaz na previsão da demência, já é empregada na prática clínica para diagnosticar e monitorar diversas condições, bem como esclerose múltipla.
“Este estudo não incluiu testes de sangue disponíveis clinicamente para a doença de Alzheimer, que provavelmente preveriam ainda melhor o desenvolvimento da demência devido à doença de Alzheimer”, disse ela.


Referência: Folha de S. Paulo.

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