Jovens adultos e adolescentes são um dos principais focos da imunização contra a HPV e Meningite.

O Ministério da Saúde ampliou a imunização de HPV e agora, meninos de 9 a 14 anos de idade farão parte do público. Essa alteração é permanente e também inclui meninos de 9 a 10 anos de idade. Dessa forma a mudança busca igualar a indicação para meninos e meninas.

Além disso, o Ministério também forneceu aos estados a vacina meningocócica ACWY. Assim, indica-se tomar uma dose ou reforço, conforme a situação vacinal, para adolescentes de 11 a 14 anos. A vacina para meningite já estava disponível para pessoas com 11 e 12 anos e também está disponibilizada para adolescentes não vacinados de 11 a 14 anos. As crianças menores de um ano de idade são as que sofrem com um maior risco de adoecimento. Porém, são os adolescentes e jovens os principais responsáveis por sua circulação.

Pesquisas indicam que é nos adolescentes que as vacinas meningocócicas que demonstram uma resposta imune mais robusta, assim, a presença de anticorpos protetores é prolongada em um período maior.

A imunização contra a Meningite

Com a diminuição da cobertura vacinal contra a Meningite em todo o país, casos da doença voltam a atingir a população. No Brasil, esse ano, registrou-se 702 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde. A média de 78 óbitos por mês já é maior que a do ano passado, quando a média calculada foi de 66 óbitos ao mês.

Considera-se a vacina forma mais eficaz para a prevenção da doença, porém, a campanha nacional de imunização atingiu somente pouco mais da metade do público alvo (52,08%). Por isso, alguns estados prorrogaram a campanha até 31 de Outubro.

A Meningite

A Meningite meningocócica é a inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e medula espinhal, e pode ser causada por vírus e bactérias. Assim, sua transmissão é por meio de gotículas e secreções, através do nariz e gargantas das pessoas que são contaminadas pela bactéria.

Os sintomas da Meningite são:

• Febre;
• Rigidez na nuca;
• Dor de Cabeça;
• Mal-Estar;
• Náusea e Vômito;
• Confusão Mental;
• Sensibilidade à luz;
• Dores intensas ou dores nos músculos, articulações, peito ou barriga;
• Manchas vermelhas na pele, parecidas com picadas;
• Respiração Rápida;
• Calafrios.

A imunização contra a HPV

De acordo com um estudo realizado na Inglaterra e publicado pela revista científica “Lancet”, vacinar meninas de 12 e 13 anos contribuiu para a redução das taxas de câncer de colo de útero em até 87%. Todavia, as infecções de HPV causam em torno de 90% dos casos de câncer de colo de útero.

Essa pesquisa é resultado do acompanhamento do programa de imunização contra o vírus feito na Inglaterra, iniciado em 2008. Os cientistas, em vários serviços de saúde pública e universidades, observaram de perto os casos de câncer de colo de útero em mulheres de 20 a 30 anos durante o período e chegaram em alguns pontos:

• Entre as mulheres que tinham recebido a vacina entre os 16 e 18 anos de idade, a redução relativa estimada nas taxas de câncer foi de 34%;
• Para as que tinham recebido a vacina entre os 14 e 16 anos, a redução de casos de câncer foi de 62%; de lesões pré-cancerígenas graves, de 75%.
• As mulheres que receberam a vacina entre os 12 e 13 anos, a redução relativa de casos de câncer foi de 87%; já as de lesões pré-cancerígenas graves foi de 97%.

A HPV

Na maioria das pessoas, a HPV passa despercebido, pois o próprio sistema imunológico livra-se da doença antes de qualquer sintoma. Mas, existem situações em que ele perdura no corpo e depois de um tempo provoca alguns problemas.

Ao se manifestar, em geral, gera verrugas genitais que podem ser únicas ou múltiplas, coçando ou estando doloridas. Eles são vírus capazes de infectar e pele ou as mucosas. Nesse modo, existem mais de 150 tipos diferentes, dos quais 40 podem infectar o trato genital. Destes, 12 são de alto risco e podem provocar câncer e outros podem causar verrugas genitais.