- 7 de agosto de 2024
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Qual a Relação entre Autismo e o Microbioma Intestinal?
Entenda qual a relação entre autismo e o microbioma intestinal, e como alterações podem influenciar o desenvolvimento da condição
Um estudo recente publicado na Nature Microbiology revelou que tanto componentes bacterianos quanto não bacterianos presentes no microbioma intestinal podem estar associados ao transtorno do espectro autista (TEA) em crianças. A pesquisa, desde já, sugere que identificar esses componentes pode aprimorar o diagnóstico do transtorno.
Em síntese, o microbioma intestinal é composto pelos genes da população microbiana que habita o intestino humano, incluindo fungos, bactérias, protozoários e vírus. Essa microbiota assume funções essenciais na digestão dos alimentos, na síntese de vitaminas e na produção de neurotransmissores como serotonina e dopamina.
Entenda a Relação entre Autismo e o Microbioma Intestinal

A relação entre o microbioma intestinal e o autismo já foi tema de pesquisas anteriores. No entanto, ainda não se sabia ao certo se outros componentes do microbioma, bem como arqueias (micro-organismos semelhantes a bactérias), fungos e vírus, além dos genes, eram alterados em indivíduos com autismo.
Para investigar isso, portanto, os pesquisadores realizaram um sequenciamento metagenômico em amostras fecais de 1.627 crianças, com idades entre 1 e 13 anos, na China, incluindo tanto aqueles com transtorno do espectro autista (TEA) quanto aqueles sem.
As amostras foram analisadas levando em conta fatores como dieta, medicação e comorbidades. Após ajustar para esses fatores, o estudo identificou 14 arqueias, 15 bactérias, sete fungos, 18 vírus, 27 genes microbianos e 12 vias metabólicas alteradas em crianças com TEA.
Os cientistas utilizaram aprendizado de máquina para criar um modelo baseado em 31 microrganismos, conseguindo identificar com 82% de precisão crianças com TEA.
Potencial Diagnóstico dos Marcadores
Os pesquisadores indicam que esses 31 marcadores têm potencial para serem utilizados no diagnóstico clínico do transtorno do espectro autista, tornando a identificação da doença mais eficiente. Do mesmo modo, essas descobertas podem contribuir para futuros estudos sobre a ligação entre o microbioma intestinal e o autismo.
Contudo, o estudo apresenta algumas limitações: não é possível determinar se as variações no microbioma intestinal causam o autismo ou se são consequência de dietas e outros fatores ambientais relacionados às crianças no espectro. É necessário igualmente que outros grupos de pesquisa validem os resultados replicando o estudo em diferentes populações.
Referência: CNN Brasil.
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