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São Paulo Enfrenta Crescimento de Casos de Hepatite A; Confira

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) permanece monitorando o crescimento de casos de hepatite A, que chega a 204 novos registros


Antes de mais nada, a cidade de São Paulo tem testemunhado um crescimento de casos de hepatite A significativo desde o ano passado, uma doença que inflama o fígado. Em suma, para se ter uma noção, em 2022, foram registrados 165 casos, e, até o presente momento, já somam 204 ocorrências.

Estes números ultrapassam a média observada antes da epidemia de 2017 e 2018. Durante esse período, a grande maioria dos casos estava entre homens de 18 a 39 anos, que representavam cerca de 80% das infecções.

Segundo dados recentes da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) de São Paulo, no período de 2022 a 2023, a hepatite A voltou a afetar principalmente homens (70,8%) na faixa etária de 19 a 40 anos (67,5%).

Crescimento de Casos de Hepatite A e a Vacinação

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O aumento recente dos casos tem gerado preocupação entre médicos infectologistas, que levantam questionamentos sobre o encerramento da iniciativa de vacinação anteriormente promovida pela prefeitura e governo estadual. Na época de seu lançamento, o governo visava ampliar a recomendação de vacinação contra a doença para grupos vulneráveis, como gays, HSHs, travestis e pessoas trans.

Apesar disso, o último boletim da Covisa menciona que, até o momento, não foi identificada uma fonte de contaminação comum entre os casos notificados este ano.

O documento também ressalta que a comunicação de várias doenças de notificação compulsória, incluindo a hepatite A, diminuiu consideravelmente em 2020 e 2021 devido ao impacto da pandemia de Covid-19.

Subsequentemente, houve um esforço para rastrear e notificar casos de hepatite aguda de origem desconhecida, o que pode ter resultado no diagnóstico de muitos casos como hepatite A.

Motivos para esse Aumento

A tendência de concentração de casos de hepatite A em adultos jovens tem sido observada em países de baixa endemicidade. No Brasil, essa tendência é destacada pelo médico infectologista Alberto Santos Lemos, pesquisador do Laboratório de Pesquisa em Imunização e Vigilância em Saúde do INI/Fiocruz.

Por analogia, ele relaciona essa concentração à prática do sexo oral-anal, mais comum entre pessoas gays e trans, o que aumenta a vulnerabilidade à hepatite A. No entanto, ressalta que os dados ainda são preliminares e requerem uma análise mais aprofundada.

Além disso, até setembro, os testes de diagnóstico da hepatite A não haviam indicado um aumento significativo nos resultados positivos nos principais laboratórios da cidade de São Paulo, seja no setor público ou privado, conforme alerta epidemiológico divulgado pela Covisa.

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) notificou um aumento de 56,2% nos diagnósticos de hepatite A no Brasil em 2023, de janeiro a junho, em comparação com o mesmo período de 2022. Essa análise baseia-se em dados de 60% dos laboratórios privados do país e registra até o momento 1.567 casos positivos da doença, em comparação com 1.003 casos no primeiro semestre do ano anterior.


Referência: Portal G1.

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