OMS: Um Terço dos Brasileiros Desconhece que São Hipertensos
Você sabia que apenas um em cada três brasileiros desconhece que são hipertensos? Veja mais detalhes sobre a pesquisa da OMS
Segundo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada três brasileiros desconhece que são hipertensos. A enfermidade impacta 50 milhões de indivíduos, representando aproximadamente 45% dos adultos entre 30 e 79 anos. Entre os idosos com mais de 60 anos, a taxa de incidência pode atingir 65%. Apenas um terço dos pacientes busca o tratamento adequado, conforme revelado pelo relatório.
“Está relacionado principalmente ao fato de se tratar de uma doença assintomática e ao pouco conhecimento da população dos riscos da falta de controle adequado, como lesões em órgão-alvo e, consequentemente, maior risco de infarto, AVC e morte”, explica o cardiologista Eduardo Segalla, do Hospital Israelita Albert Einstein, sobre o subdiagnóstico.
Por Que Brasileiros Desconhecem que São Hipertensos?
Fatores socioeconômicos, bem como baixa escolaridade e renda, aliados ao consumo excessivo de sal e abuso de álcool, desempenham um papel significativo nesse cenário. A hipertensão, quando negligenciada, resulta em alterações funcionais e estruturais em órgãos vitais, elevando o risco de infartos, derrames, insuficiência cardíaca e morte.
Por analogia, as doenças cardiovasculares lideram as estatísticas globais de mortes, hospitalizações e consultas médicas. No Brasil, representam 27% de todos os óbitos, conforme dados do Datasus (Departamento de Informática do SUS) de 2017, com a hipertensão associada a quase metade (45%) desses casos.
Por ser uma doença silenciosa, as pessoas não se preocupam. Nosso estilo de vida, com uma cultura que leva à obesidade e ao sedentarismo, por exemplo, favorece que genes da doença se expressem. É uma verdadeira epidemia, que só piorou após a pandemia”, evidencia a cardiologista Lucélia Magalhães, presidente do Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Referência: Folha de S.Paulo.
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