- 21 de outubro de 2025
- SPX Imagem
- Comment: 0
- News Médicos, Notícias, SPX, Explica
Até 40%: Vacina da Gripe e Covid Reduz Risco de AVC e Infarto
Em estudo envolvendo mais de 2 mil pacientes, comprovou-se a importância da vacina da gripe e Covid-19 na prevenção de doenças
Acima de tudo, vacinar-se contra a gripe, Covid-19 e outros vírus respiratórios vai além da proteção contra infecções: essa medida reduz significativamente o risco de infarto, AVC e insuficiência cardíaca. A imunização é importante principalmente para quem já convive com doenças cardiovasculares ou apresenta fatores de risco, bem como hipertensão, diabetes ou histórico familiar.
Diversos estudos internacionais envolvendo diferentes populações comprovam que a vacinação diminui tanto eventos cardíacos fatais quanto internações hospitalares. Assim, os dados indicam que a redução na mortalidade cardiovascular pode chegar a 41% em apenas um ano, evidenciando o impacto direto da imunização na saúde do coração.
O Poder Protetor da Vacina da Gripe e Covid
O efeito protetor das vacinas vai muito além da imunidade contra vírus respiratórios. Ele está eventualmente ligado à redução dos processos inflamatórios no organismo, que são grandes responsáveis por desestabilizar as placas de aterosclerose — acúmulos de gordura, colesterol e cálcio nas paredes das artérias. Quando essas placas se rompem, aumentam as chances de formação de coágulos e, consequentemente, de eventos graves como infarto e AVC.
Durante uma infecção respiratória, então, o corpo entra em um estado inflamatório intenso, elevando a produção de citocinas e mediadores inflamatórios. Isso gera maior agregação de plaquetas e favorece a coagulação do sangue. Assim, gripe, Covid-19, vírus sincicial respiratório e até o herpes zoster são exemplos de agentes capazes de desencadear esse processo.
Pesquisas mostram que o risco de infarto pode ser até seis vezes maior nos sete dias seguintes a uma infecção gripal confirmada por exame laboratorial. Após esse período, os índices voltam ao normal. Logo, manter as vacinas em dia é uma forma eficaz e acessível de proteger não apenas o sistema respiratório, mas o coração e o cérebro.
Outros Números A Favor
Os benefícios da vacinação, desde já, ultrapassam as barreiras da prevenção respiratória e impactam diretamente a saúde cardiovascular. Uma pesquisa prospectiva com mais de 5 mil pessoas com insuficiência cardíaca revelou reduções expressivas entre os vacinados contra a gripe: 23% na mortalidade cardiovascular, 21% na mortalidade geral e 24% nas hospitalizações por agravamento da doença.
Os resultados se estendem igualmente a outras vacinas. Estudos sobre a Covid-19 mostram que indivíduos imunizados têm 37% menos chance de internação em UTI e uma redução de 30% na mortalidade ao longo de um ano.
Por sua vez, no caso do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — outro agente para o qual há vacina disponível —, pesquisas com mais de 6 mil adultos identificaram um aumento de até 18 vezes no risco de eventos cardiovasculares graves, bem como infarto, arritmia e descompensação cardíaca, nos meses seguintes à infecção.
Recorrência de Gripe
Diversos estudos observacionais e populacionais reforçam a relação direta entre as infecções respiratórias sazonais e o aumento de eventos cardiovasculares graves. Um levantamento realizado na Rússia, que analisou 35 mil mortes por doença coronária ao longo de sete anos, revelou que o risco de infarto era 30% maior justamente nos meses de maior circulação do vírus da influenza.
Entre pessoas com insuficiência cardíaca, as descobertas são igualmente expressivas. Nesse sentido, dados de longo prazo apontam que receber três ou mais doses da vacina contra gripe ao longo de 12 anos está associado a uma redução de quase 30% na mortalidade por todas as causas.
Recomendação como Prevenção Cardiovascular
A Sociedade Europeia de Cardiologia passou a recomendar oficialmente a vacinação contra influenza e COVID-19 como parte essencial da prevenção secundária em pacientes com doenças cardíacas e em idosos. No Brasil, por exemplo, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza, de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), vacinas contra gripe, Covid-19 e outras enfermidades voltadas a grupos de risco.
A principal mensagem dos estudos científicos e da prática médica é clara: vacinar-se não previne apenas infecções, contudo, reduz significativamente o risco de eventos cardiovasculares fatais. No entanto, barreiras culturais, a desinformação e o aumento das mensagens antivacina ainda comprometem as coberturas vacinais e colocam vidas em risco.
Dessa forma, é fundamental que médicos cardiologistas, clínicos gerais e equipes de atenção primária incorporem a vacinação de forma rotineira no acompanhamento dos pacientes, consolidando-a como um ato de cuidado contínuo e estratégico para a saúde do coração.
Referência: Portal G1.
Participe do Canal do WhatsApp da SPX!
Gostou? Clique aqui e acompanhe outros conteúdos da SPX Clínica. Dicas de saúde, novidades e muito mais. Fique por dentro do mundo da saúde!
Últimas Notícias


Resistência ao Tratamento do Câncer de Mama: Veja os Motivos!
Devido a variações de uma proteína, um estudo buscou entender por que alguns pacientes apresentam resistência ao tratamento do câncer de mama


Cientistas Criam Minicérebros para Investigar a Depressão
Uma pesquisa de brasileiros em laboratório utiliza neurônios, células da pele e minicérebros para investigar a depressão


Até 40%: Vacina da Gripe e Covid Reduz Risco de AVC e Infarto
Em estudo envolvendo mais de 2 mil pacientes, comprovou-se a importância da vacina da gripe e Covid-19 na prevenção de doenças


Nova Vacina Terapêutica contra Câncer do Colo do Útero? Veja!
Uma pesquisa brasileira abre possibilidades para uma vacina terapêutica contra câncer do colo do útero. Descubra mais!


Estudo: Alzheimer pode Começar com Perda de Olfato
Nova pesquisa indica que o alzheimer pode começar com perda de olfato, antes mesmo dos sintomas mais conhecidos da doença


OMS Aponta 1 Bilhão de Pessoas com Problemas Mentais
Estatísticas de pessoas com problemas mentais no mundo é alarmante, e orçamento da saúde à área é ainda pior!