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Beber Álcool Aumenta Risco de Câncer? Entenda a Relação

Relação desconhecida por tantas pessoas, entenda melhor por que beber álcool aumenta risco de câncer e quais os outros riscos dessa prática

 

À primeira vista, beber álcool faz parte da rotina de muitas pessoas e está presente em celebrações, encontros sociais e momentos de descontração em várias culturas, inclusive no Brasil. No entanto, muita gente ainda desconhece os riscos associados a essa prática.

Nesse sentido, estudos mostram que o consumo de bebidas alcoólicas está ligado a pelo menos sete tipos de câncer, bem como os de mama, boca, laringe, garganta, esôfago, fígado e cólon.

Somente em 2020, por exemplo, pesquisadores relacionaram cerca de 741 mil casos da doença ao álcool, o que reforça a importância de discutir esse tema com mais seriedade.

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Pesquisa: Beber Álcool Aumenta Risco de Câncer

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No começo de 2025, o Departamento de Saúde dos Estados Unidos divulgou o relatório Alcohol and Cancer Risk, que coloca o álcool como a terceira principal causa evitável de câncer, ficando atrás apenas do tabaco e da obesidade. O documento, em suma, estima que cerca de 100 mil casos e 20 mil mortes por ano estejam ligados ao consumo de bebidas alcoólicas no país.

No Brasil, o cenário também preocupa. De acordo com o Ministério da Saúde, 44,6% da população adulta tem o hábito de beber álcool, sendo que 18,3% consomem de forma abusiva. Ou seja, cinco ou mais doses semanais para homens e quatro ou mais para mulheres.

O relatório, portanto, atualiza as evidências científicas e reforça a importância do tema ao destacar que o risco de câncer aumenta proporcionalmente ao consumo de álcool. Ele explica igualmente os mecanismos biológicos envolvidos e deixa claro que não existem níveis seguros para o consumo dessas bebidas.

“O álcool está entre nós e faz parte da nossa cultura há milhares de anos, sempre associado à alegria e à comemoração. O problema é que a maioria das pessoas usa como hábito de vida e ainda não tem noção de quanto ele pode ser nocivo.”
Ana Paula Garcia Cardoso
Oncologista clínica do Hospital Israelita Albert Einstein

Por Que essa Associação é Tão Profunda?

Sob o mesmo ponto de vista, estabelecer uma relação direta entre o álcool e o câncer exige uma análise complexa. Ainda assim, estudos já identificaram quatro mecanismos biológicos que explicam esse risco aumentado.

Um deles envolve o dano ao DNA causado pelo acetaldeído, substância produzida quando o corpo metaboliza o álcool. Esse composto eventualmente se liga ao DNA, danificando sua estrutura e abrindo espaço para o surgimento de células que podem se multiplicar de forma descontrolada e formar tumores

Nosso sistema imunológico trabalha para proteger o organismo de várias ameaças ao mesmo tempo, bem como cigarro, álcool, poluição, alimentos ultraprocessados, obesidade e sedentarismo. Porém, com tantas agressões acumuladas, ele pode falhar em algum momento.

Os Outros Mecanismos

Em um segundo mecanismo, ele promove a formação de espécies reativas de oxigênio, o que desencadeia um processo conhecido como estresse oxidativo e aumenta a inflamação corporal. No terceiro, o álcool interfere nos níveis hormonais — principalmente do estrogênio — expondo as mulheres a uma concentração mais elevada desse hormônio e, com isso, a um risco maior de desenvolver câncer de mama.

Por fim, no quarto mecanismo, o álcool atinge diretamente órgãos como o fígado, a boca e o intestino, comprometendo suas funções. Além disso, ele pode se associar a outras substâncias cancerígenas, facilitando sua absorção pelo organismo e potencializando os danos.

Qual a Dose Segura Recomendada para o Álcool? 

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não existe uma quantidade segura de consumo de álcool — qualquer dose, por menor que seja, pode elevar o risco de câncer. Sobretudo, o risco aumenta principalmente quando a pessoa consome álcool regularmente ao longo do tempo.

Um relatório dos Estados Unidos, por analogia, reforça essa ideia ao mostrar que, para tipos de câncer como mama, boca e garganta, o risco já começa a subir com uma dose ou até menos por dia.

Um estudo citado nesse mesmo relatório aponta que o risco absoluto de uma mulher desenvolver algum câncer relacionado ao álcool ao longo da vida sobe de 16,5% para aquelas que bebem menos de uma dose por semana, para 19% entre as que consomem uma dose diária. Para quem consome duas doses por dia, esse risco aumenta ainda mais, chegando a 21,8%.

Efeitos da Bebida no Cérebro

Você já se sentiu mais “desligado” ou com dificuldades de raciocínio após beber? Isso não é por acaso. O álcool afeta diretamente o funcionamento do cérebro, tanto a curto quanto a longo prazo. Veja alguns dos principais impactos:

  • Redução da função cognitiva: O álcool diminui a capacidade de concentração, memória e raciocínio lógico. Eventualmente, isso pode levar a dificuldades no trabalho, nos estudos e nas atividades do dia a dia.

  • Alterações no humor e no comportamento: O consumo interfere nos neurotransmissores, provocando mudanças de humor, ansiedade, irritabilidade e, em alguns casos, depressão.

  • Prejuízo na coordenação motora: Mesmo em pequenas doses, o álcool afeta o equilíbrio, a fala e os reflexos, aumentando o risco de quedas, acidentes e decisões impulsivas.

  • Risco de degeneração cerebral: O uso crônico pode levar à perda de massa cerebral, aumentando o risco de demências, como o Alzheimer, e de outras doenças neurológicas.

Médicos Envolvidos na Investigação e Tratamento de Câncer Relacionado ao Álcool

Em síntese, quando falamos sobre o impacto do álcool no desenvolvimento de câncer, é importante entender que diferentes especialistas podem estar envolvidos desde os primeiros sinais até o diagnóstico e tratamento da doença. Veja os principais abaixo:

  1. Clínico Geral: É o primeiro médico a ser procurado diante de sintomas suspeitos. Avalia o histórico do paciente, solicita exames iniciais e, quando necessário, encaminha para especialistas.

  2. Ginecologista: Atua principalmente nos casos de câncer de mama e câncer ginecológico, bem como de colo do útero e ovário. Da mesma forma, orienta mulheres sobre os fatores de risco hormonais relacionados ao álcool.

  3. Urologista: Especializado no sistema urinário masculino e feminino e no sistema reprodutor masculino. Atua no diagnóstico de cânceres como o de bexiga, rins e próstata, por exemplo.

  4. Otorrinolaringologista: Pode identificar alterações precoces na boca, garganta e laringe – regiões frequentemente afetadas pelo álcool em conjunto com o tabaco.

  5. Oncologista: Responsável pelo diagnóstico definitivo, estadiamento e tratamento do câncer. Atua de forma integrada com os demais especialistas, definindo o plano terapêutico mais adequado.

Exames de Imagem na Detecção Precoce

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A detecção precoce é fundamental no combate ao câncer. De antemão, os exames de imagem e outros procedimentos diagnósticos ganham um papel essencial na identificação de alterações nos órgãos e tecidos. Dentre eles destacamos:

  • Ultrassonografia (USG): Utilizado para avaliar fígado, rins, bexiga, mama e outras estruturas abdominais. Pode indicar alterações que sugerem a necessidade de exames mais detalhados.

  • Mamografia: Detecta lesões nas mamas ainda em fase inicial, mesmo antes de sintomas aparecerem. É essencial em mulheres com fatores de risco, bem como alterações hormonais associadas ao álcool.

  • Tomografia Computadorizada (TC): Fornece imagens detalhadas de várias partes do corpo, como tórax, abdômen e pelve. Assim, é usada para identificar tumores, verificar metástases e planejar biópsias ou cirurgias.

  • Ressonância Magnética (RM): Fornece imagens de alta definição e é útil para avaliar tecidos moles, cérebro, fígado, mama e órgãos pélvicos. Ajuda a definir a extensão do tumor e seu envolvimento com estruturas vizinhas.

  • Biópsia: É o exame que confirma o diagnóstico. Consiste na retirada de uma pequena amostra do tecido suspeito, guiada por imagem quando necessário, para análise em laboratório.

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Definitivamente, diversos estudos já confirmaram que beber álcool aumenta o risco de câncer, inclusive em pequenas quantidades e de forma regular. Logo, adotar hábitos mais saudáveis, realizar acompanhamento médico e manter os exames em dia são atitudes que fazem toda a diferença para sua saúde a longo prazo.

Na SPX Santana de Parnaíba, você conta com mais de 15 médicos especialistas prontos para te orientar com atenção e experiência em casos relacionados ao consumo de álcool e seus impactos. Disponibilizamos ainda exames de imagem de alta tecnologia nessa e em nossas outras unidades: SPX Taubaté, SPX Joinville e SPX HPM – Belo Horizonte.

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