Cachorros podem Ter Demência? Saiba como Prevenir!

Um experimento americano pôde dissertar sobre o fato de que cachorros podem ter demência, e propôs uma ideia para aprimorar a região cerebral

A demência, de antemão, é uma condição que afeta milhões de pessoas, trazendo impactos significativos para a memória, o comportamento e a capacidade de realizar tarefas cotidianas. Sobretudo, embora muitos associem essa condição exclusivamente a seres humanos, a realidade é que outras espécies também podem sofrer com problemas semelhantes.

Assim como nós, os cachorros estão igualmente suscetíveis a mudanças cognitivas à medida que envelhecem. O que muitos desconhecem é que os cães também podem desenvolver um quadro semelhante à demência humana, conhecido como Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC).

Estudo: Cachorros podem Ter Demência

Similarmente, a cognição dos cachorros enfrenta desafios com o passar dos anos, assim como acontece conosco. No entanto, garantir momentos de diversão e atividades interativas pode reduzir significativamente as perdas cognitivas. Pesquisadores nos Estados Unidos identificaram que a socialização e os exercícios físicos promovem o crescimento do hipocampo canino, região cerebral ligada à memória.

Durante três anos, os cientistas monitoraram dezenas de cães, submetendo-os a exames de ressonância magnética que confirmaram o aumento dessa área cerebral, independentemente do uso de medicações para demência. Os resultados, publicados na revista The Journal of Neuroscience em abril, reforçam a importância da estimulação constante.

Cabe ressaltar, a cura para a demência canina ainda não exista. Contudo, especialistas destacam que uma rotina rica em estímulos variados fortalece as conexões neurais e ajuda a preservar as memórias dos nossos fiéis companheiros.

“O enriquecimento comportamental é um dos alicerces da prevenção e do tratamento da condição.”
– Thiago Teixeira, diretor do centro veterinário Nouvet, em São Paulo

Quais os Sinais da Doença em Cães?

Do mesmo modo, a Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina apresenta sinais que podem passar despercebidos no início, mas são cruciais para garantir uma abordagem precoce. Identificar os sintomas ajuda a oferecer mais qualidade de vida ao seu amigo de quatro patas. Dentre esses sintomas, estão:

Mudanças comportamentais: Alterações no ritmo de vida, como trocar o dia pela noite, são indicativos de perda cognitiva e merecem atenção.
Desorientação frequente: Cães idosos que se perdem em ambientes conhecidos ou ficam confusos frequentemente podem estar manifestando sinais de demência.
Aumento na vocalização: Latidos excessivos, uivos e choros são comportamentos comuns entre cães que sofrem com essa condição, indicando desconforto ou confusão.

Como a Demência Muda o Funcionamento Cerebral?

Assim como nos seres humanos, a demência afeta o cérebro dos cães, comprometendo funções como memória, orientação e comportamento. Dessa forma, existem diferenças marcantes em como a condição se manifesta e impacta as vidas deles e das nossas.

Perda de Memória:

- Cães: Esquecem comandos básicos, rotinas e até mesmo o caminho para lugares familiares.
- Humanos: Experimentam lapsos de memória mais complexos, como não reconhecer familiares ou esquecer informações importantes.

Desorientação:

- Cães: Podem se perder dentro de casa ou não reconhecer ambientes que frequentam diariamente.
- Humanos: Enfrentam dificuldades em localizar-se em locais conhecidos, até mesmo no próprio bairro.

Alterações no Comportamento:

- Cães: Tornam-se mais apáticos ou apresentam comportamentos atípicos, como latir sem motivo aparente.
- Humanos: Podem apresentar irritabilidade, confusão ou retraimento social.

Ciclo do Sono:

- Cães: Invertem horários de descanso, ficando mais ativos à noite e agitados durante o dia.
- Humanos: Desenvolvem insônia, interrupções no sono ou alterações no padrão circadiano.

Como Nós, Humanos, Podemos nos Prevenir?

A princípio, consultas regulares com um neurologista são fundamentais, especialmente para quem tem histórico familiar da condição ou enfrenta problemas como esquecimentos frequentes. Além disso, o acompanhamento periódico com um clínico geral ajuda a monitorar fatores de risco, bem como hipertensão, diabetes e colesterol alto.

Outro recurso valioso é a realização de exames como a Ressonância Magnética (RM) da região cerebral. Esse exame não invasivo fornece imagens detalhadas que auxiliam na identificação de alterações estruturais ou funcionais no cérebro. Isso inclui possíveis sinais de atrofia ou outras condições que podem preceder a demência.

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