Pesquisa Aponta: Como o Cérebro é Limpo durante o Sono?

Cientistas descobrem um fluído que evidencia a hipótese de que o cérebro é limpo durante o sono. Saiba mais!

Antes de mais nada, dormir com a consciência tranquila é essencial para nossa saúde mental e física. O descanso adequado não só permite a recuperação do corpo, bem como apresenta uma função fundamental na manutenção da saúde cerebral.

Nesse sentido, pesquisadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, revelaram, pela primeira vez, o funcionamento do sistema responsável por “limpar” o cérebro enquanto dormimos.

De Que Forma o Cérebro é Limpo durante o Sono?

Os cientistas monitoraram a cabeça de 13 jovens enquanto dormiam e observaram que, a cada 20 segundos, o fluido cérebro-espinhal — encontrado também na espinha — era liberado para “lavar” o cérebro. Em suma, esse fluido remove hormônios ligados ao desenvolvimento de doenças degenerativas, como a demência.

Por analogia, a professora Laura Lewis, coautora do estudo, destacou que nunca havia registrado uma liberação tão intensa do fluido. “Nunca tinha visto algo ‘pular’ neste nível. Foi muito impressionante“, afirmou em entrevista ao Daily Mail.

Agora, os pesquisadores buscam entender como o envelhecimento afeta a quantidade e a frequência dessas ondas. Dessa forma, a segunda fase da pesquisa será conduzida com indivíduos mais velhos.

Importância de um Bom Sono

Até o momento, a descoberta do sistema de limpeza cerebral reforça a relação entre o sono inadequado e o risco de demência. Nesse sentido, especialistas afirmam que a liberação do fluido e sua capacidade de eliminar substâncias tóxicas tornam ainda mais importante priorizar o descanso.

Essa descoberta, portanto, sublinha ainda mais a importância de manter uma rotina de sono saudável. Ao entender como o cérebro se “limpa” durante o descanso, fica claro que a qualidade do sono tem relação com a prevenção de doenças neurodegenerativas.

Como as Doenças Neurodegenerativas Alteram o Cérebro?

As doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Múltipla, afetam profundamente o funcionamento do cérebro. Logo, compreender as alterações causadas por essas condições é essencial para a prevenção e tratamento adequados:

Perda de Conexões Neurais: À medida que as células cerebrais são danificadas, as conexões entre elas enfraquecem, o que compromete funções cognitivas como memória e aprendizado.
Acúmulo de Proteínas Anormais: Em condições como o Alzheimer, proteínas como a beta-amiloide se acumulam no cérebro, formando placas que interferem na comunicação neuronal.
Dano à Substância Negra: No Parkinson, a substância negra, responsável pela produção de dopamina, é destruída, resultando em tremores, rigidez e dificuldades motoras.
Inflamação Cerebral: Muitas doenças neurodegenerativas causam inflamação no cérebro, o que pode agravar o dano celular e acelerar a progressão da doença.

Referência: Metrópoles.