02/04 Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Em todo o mundo, mais de 70 milhões de pessoas são portadores de autismo, o que corresponde cerca de 1% da população mundial, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas são autistas.
O autismo é dividido em três níveis: leve, moderado e grave. A patologia pode ser identificada já nos primeiros meses de vida do bebê, e o diagnóstico prévio é fundamental. Neste mês, o Abril Azul volta o olhar para o problema com o objetivo de ajudar a população a se conscientizar sobre a inclusão de pessoas com autismo.

O que é Autismo?

Autismo é um transtorno caracterizado pelo atraso no desenvolvimento das habilidades sociais, comunicativas e cognitivas. Os portadores dos transtornos do espectro autista podem se destacar em habilidades visuais, música, arte e matemática.
O espectro pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, o autista pode ter problemas de saúde física, como distúrbios no sono e gastrointestinais, e podem desenvolver problemas como dislexia ou dispraxia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Na adolescência, pode-se desenvolver ansiedade e depressão.
O autismo é determinado apenas por um especialista, e algumas reações podem ser observadas em quem tem a doença, como por exemplo: não se reconhecer pelo nome, não reclamar ao ser deixado sozinho, ter fisionomia pouco expressiva, não interagir com outras pessoas e ter comportamentos repetitivos.

Características do Autismo

• A maioria das pessoas com autismo tem facilidade em aprender visualmente;
• Algumas pessoas com autismo são muito atentas aos detalhes e à exatidão;
• Geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média;
• É provável que as informações, rotinas ou processos uma vez aprendidos sejam retidos;
• A paixão pela rotina pode ser um fator favorável na execução de um trabalho.

Diagnóstico de Autistas

O diagnóstico é essencialmente clínico, levando-se em conta o comprometimento e o histórico do paciente e norteia-se pelos critérios estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS). O autismo também pode ser identificado pela observação comportamental da criança, além de entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas geralmente se manifestam antes dos 36 meses de vida. Também podemos identificar através da nutrição, visto que em seu comportamento alimentar o indivíduo autista pode apresentar seletividade na escolha dos alimentos ou recusa, bem como indisciplina durante a realização das refeições.
O autismo é uma condição que exige o máximo de conhecimento por parte daqueles que convivem com os portadores deste transtorno, a fim de que se saiba lidar com as peculiaridades e necessidades do indivíduo, sobretudo, durante a fase inicial da infância, possibilitando melhorias na qualidade de vida e minimizando os prejuízos quanto ao crescimento e desenvolvimento.

Tratamento

Até o momento, o autismo é um distúrbio crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos, tão logo, seja feito o diagnóstico e aplicados por uma equipe multidisciplinar.
Não existe um tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades associadas.

 

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