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Como os Genes podem Influenciar Tratamento de Câncer de Pele?

Entenda como determinados genes podem influenciar tratamento de câncer de pele e prever resposta do paciente à imunoterapia!

 

Uma pesquisa brasileira recente identificou genes capazes de prever quais pacientes com melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele, podem não responder à imunoterapia. A descoberta, sobretudo, representa um avanço importante no tratamento da doença.

O estudo, publicado no Journal of Molecular Medicine, em primeiro lugar, analisou amostras de tumor de 35 pacientes com melanoma avançado tratados com imunoterapia anti-PD-1

Imunoterapia: Genes podem Influenciar Tratamento de Câncer de Pele

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Esse tratamento funciona bloqueando a proteína PD-1, considerada padrão em casos avançados. Em seguida, os pesquisadores cruzaram os resultados com dados de 579 genes relacionados ao sistema imunológico, buscando identificar padrões que indicam resistência ao tratamento.

A partir da análise, então, os pesquisadores identificaram quatro genes-chave que indicam resistência à imunoterapia: CD24, NFIL3, FN1 e KLRK1. O estudo mostrou que pacientes com alta expressão desses quatro genes apresentavam um risco 230 vezes maior de não responder à imunoterapia. Do contrário, aqueles com baixa expressão genética tinham muito mais chance de reagir positivamente ao tratamento.

Bruna Pereira Sorroche, engenheira biotécnica e pesquisadora do Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Hospital do Amor, em Barretos, explica que o aumento da expressão desses genes está ligado a mecanismos conhecidos do desenvolvimento de tumores. Além disso, eles contribuem igualmente para o chamado escape imunológico, dificultando a ação do sistema de defesa do organismo contra o câncer.

"São as formas pelas quais o câncer consegue ‘se esconder’ do sistema de defesa do corpo. Isso explicaria por que alguns pacientes não se beneficiam da imunoterapia, mesmo quando o tratamento é tecnicamente indicado”
Bruna Pereira Sorroche
Engenheira biotécnica e pesquisadora

Incidência, Riscos e Resposta à Imunoterapia

Embora não seja o câncer de pele mais comum, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que o melanoma afete mais de 8 mil brasileiros por ano, resultando em quase 2 mil mortes anuais.

O melanoma é bastante agressivo e altamente imunogênico, ou seja, costuma responder bem à imunoterapia. Dessa forma, esse tratamento funciona estimulando o sistema imunológico a atacar diretamente o tumor.

Ainda assim, entre 40% e 60% dos pacientes não apresentam uma resposta satisfatória à imunoterapia e podem sofrer efeitos colaterais durante o tratamento.

Compreendendo Cada um dos Genes

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O estudo, do mesmo modo, trouxe uma análise detalhada da função de cada gene no organismo. Assim, os pesquisadores concluíram que os quatro genes estão ligados a mecanismos de evasão do sistema imunológico e supressão da resposta inflamatória.

Cada gene desempenha funções específicas no corpo:

  • CD24: Age como um ponto de checagem imunológico, permitindo que o tumor escape da ação do sistema de defesa.

  • NFIL3: Participa da resposta imunológica, contribuindo para o escape do tumor.

  • FN1: Está ligado à progressão do câncer e à formação de estruturas que favorecem o crescimento tumoral.

  • KLRK1: Normalmente ativa células do sistema imune, mas quando desregulado, enfraquece a resposta do organismo ao tumor.

Referência: G1 Globo.


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