- 19 de novembro de 2024
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IA no Diagnóstico Precoce do Câncer de Mama; Veja os Avanços!
Veja as últimas novidades sobre o uso da IA no diagnóstico precoce do câncer de mama, e como ela pode promover um tratamento eficaz
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, e a detecção rápida é crucial para o diagnóstico precoce e sucesso no tratamento. Desde já, a mamografia continua sendo o exame mais recomendado, principalmente para identificar a doença em estágios iniciais, mesmo quando não há sintomas aparentes.
Com o avanço significativo nos tratamentos medicamentosos e cirúrgicos para o câncer de mama, eventualmente novas tecnologias buscam acelerar o diagnóstico. Então, a Inteligência Artificial (IA) se destaca como uma das principais inovações, prometendo maior rapidez e precisão.
Embora a IA ainda precise se consolidar na oncologia, as evidências científicas atuais já indicam seu uso na identificação e estratificação do câncer de mama como uma aplicação promissora e relevante na prática clínica.
A Inclusão de IA no Diagnóstico Precoce do Câncer de Mama
Na oncologia, o investimento em algoritmos de machine learning, melhorias nos hardwares e acesso a vastos volumes de dados — bem como imagens, informações genômicas e registros clínicos — possibilita o surgimento de ferramentas inovadoras.
Com esses avanços, a IA consegue interpretar e prever mecanismos biológicos complexos, identificar padrões em dados clínicos. Assim, pode-se aprimorar tanto o diagnóstico quanto o tratamento. Essas capacidades, portanto, ajudam a orientar decisões médicas de forma mais precisa e personalizada.
Um exemplo dessa inovação é a tecnologia da startup Huna, que analisa exames de sangue de rotina para identificar a probabilidade de desenvolvimento de tumores. Outra solução vem da Linda Lifetech, que combina IA com termografia — um mapa térmico da mama — para identificar padrões suspeitos de forma precoce.
“A fase atual da evolução desses algoritmos permite que eles desvendem imagens e dados que detectam padrões complexos - como tumores em fase inicial - que podem passar despercebidos pela avaliação humana.”
– Alexandre Chiavegatto Filho, professor de IA na FSP-USP
Os Variados Benefícios da Inteligência Artificial
A IA, acima de tudo, vai além da detecção precoce de tumores, aprimorando imagens e aumentando a precisão de suas interpretações. Ela também tem se mostrado valiosa em várias outras áreas, como por exemplo:
Redução de falsos positivos/negativos: A IA melhora a precisão dos resultados, diminuindo a margem de erro e o impacto psicológico causado por diagnósticos equivocados.
Avaliação de risco personalizada: Ao cruzar dados do histórico médico, fatores de risco individuais e exames genéticos, a IA cria um plano de acompanhamento mais detalhado e preciso para cada paciente.
Apoio à tomada de decisão para radiologistas: Atua igualmente como uma segunda opinião, fornecendo dados valiosos em casos complexos, agilizando o diagnóstico e otimizando o tempo de trabalho.
Análise de biópsias aprimorada: A tecnologia classifica células e tecidos com precisão, ajudando patologistas a identificar padrões celulares (benignos ou malignos) e a descobrir subtipos moleculares de câncer, o que orienta melhor o tratamento.
O Que Falta para essa Tecnologia Conquistar a Saúde?
A IA já está presente em cerca de 30% do setor de saúde. Porém, segundo Cristiano Teodoro Russo, especialista em transformação digital e inovação em saúde da PUCPR, ainda é necessário mais tempo para que os médicos compreendam plenamente essas ferramentas e confiem na sua eficiência, segurança e relevância.
Outro grande desafio é desmistificá-la, que por vezes é vista como uma “caixa-preta”. Para mudar essa percepção, é crucial assegurar a qualidade e a origem dos dados usados no treinamento, garantir a representatividade populacional, preservar a privacidade dos pacientes e promover a transparência nos critérios utilizados para gerar diagnósticos (IA explicável).
Utilização em Ascensão no Brasil
Analogamente, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), responsável por coordenar a pesquisa, prevenção e controle do câncer no Brasil, já aplica tecnologia de IA em estudos sobre o tumor de ovário. O objetivo é prever possíveis respostas à quimioterapia, e o método pode ser adaptado para o câncer de mama.
À frente desse projeto está Mariana Boroni, chefe do Laboratório de Bioinformática e Biologia Computacional do INCA. Ela acredita que a IA oferece possibilidades infinitas e prevê que, no futuro, o foco da medicina será a prevenção da doença, e não apenas o tratamento.
“A colaboração intensa de diferentes profissionais permitirá, cada vez mais, que os algoritmos combinem dados antes inacessíveis para nós. E será a partir desse conjunto de informações precisas que todas as decisões serão tomadas“, ressalta Mariana.
Tempo Ainda Será Necessário
A mamografia é atualmente o exame padrão ouro para o diagnóstico precoce (rastreamento) do câncer de mama. Ela é recomendada para mulheres entre 40 e 74 anos, podendo se estender para idades mais avançadas, dependendo da expectativa de vida.
Apesar de ser o teste de referência, a mamografia apresenta limitações. Por exemplo, a eficácia é menor em mulheres com menos de 40 anos e na detecção de tumores muito pequenos, menores que 1 mm. Nesse sentido, a IA surge como uma aliada para aumentar a precisão do exame, ampliando a detecção precoce e beneficiando mais pacientes.
Mais uma Inovação em Tecnologia: Ressonância Magnética das Mamas
Assim como a mamografia, a Ressonância Magnética das Mamas é essencial para a avaliação da saúde mamária. Com tecnologia avançada, a RM oferece uma análise detalhada dos tecidos, permitindo detectar alterações que podem passar despercebidas em outros exames de imagem. Outros benefícios incluem:
- Alta Sensibilidade: Detecta alterações mínimas nos tecidos mamários, mesmo em casos de mama densa.
- Complemento à Mamografia: Indicado especialmente para pacientes com histórico familiar de câncer de mama ou quando a mamografia apresenta resultados inconclusivos.
- Sem Radiação: Diferente da mamografia, a RM não utiliza radiação ionizante, oferecendo maior segurança para a paciente.
- Avaliação de Implantes Mamários: Excelente para verificar a integridade dos implantes e detectar possíveis rupturas.
- Detecção Precoce: Auxilia na identificação precoce de lesões suspeitas, aumentando as chances de sucesso no tratamento.
Referência: G1.Globo
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