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Nova Variante XEC da Covid-19: Confira as Descobertas!

Uma nova variante XEC da Covid-19 já se encontra em circulação em três estados brasileiros, após amostras de pacientes diagnosticados

 

Uma nova linhagem do vírus da Covid-19, chamada XEC, foi identificada em três estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. De antemão, essa linhagem faz parte da variante Ômicron e foi detectada pela primeira vez no Brasil pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em amostras de dois pacientes diagnosticados em setembro.

Em 24 deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XEC como uma variante sob monitoramento. Em suma, isso significa que essa linhagem apresenta mutações no genoma que podem influenciar o comportamento do vírus, com indícios iniciais de “vantagem de crescimento” em relação a outras variantes em circulação.

Segundo informações da Agência Brasil, a análise foi feita pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e Emergências Virais do IOC, que é referência para o Sars-CoV-2 tanto para o Ministério da Saúde quanto para a OMS.

O Que é a Nova Variante XEC da Covid-19?

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A Fiocruz aponta que a linhagem XEC surgiu a partir de uma recombinação genética entre cepas que já circulavam anteriormente. Sobretudo, esse fenômeno pode ocorrer quando uma pessoa é infectada simultaneamente por duas linhagens diferentes, permitindo que os genomas dos vírus se misturem durante o processo de replicação.

A fundação identificou que o genoma da XEC contém fragmentos das linhagens KS.1.1 e KP.3.3. Segundo a infectologista Emy Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, “os vírus sofrem mutações continuamente, algumas vezes mais rapidamente, outras de forma mais lenta. Esta nova linhagem é um híbrido dessas subvariantes da Ômicron“.

Similarmente, não há evidências de que a XEC provoque sintomas mais graves ou diferentes das variantes anteriores. Assim, os sintomas esperados incluem febre alta, dor de garganta, tosse, dor de cabeça, dores no corpo e fadiga, semelhantes às manifestações de outras linhagens da Covid-19.

Outros Locais que a XEC Marca Presença

De acordo com a Gisaid, a cepa XEC já foi identificada em pelo menos 35 países, acumulando mais de 2,4 mil sequências genéticas registradas até 10 de outubro de 2024. A variante começou a ganhar destaque em junho e julho deste ano, após um aumento significativo de casos na Alemanha.

Eventualmente, a XEC rapidamente se espalhou por diversos continentes, incluindo Europa, Américas, Ásia e Oceania. Na Europa, a cepa se mostra prevalente, com detecções confirmadas em 13 países.

No Brasil, a detecção resultou de uma estratégia ampliada de vigilância genômica, especialmente focada na capital fluminense entre agosto e setembro. A Fiocruz coordenou o esforço de sequenciamento do Sars-CoV-2, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

OMS Mantém Cautela em Relação à XEC

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A virologista Paola Resende, pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios e Emergências Virais do IOC, afirma que dados internacionais sugerem uma maior transmissibilidade da XEC em comparação com outras linhagens. No entanto, ela ressalta que é necessário monitorar como essa cepa se comportará no Brasil.

Embora a OMS não tenha elevado a XEC ao status de “variante preocupante”, ainda é cedo para determinar a real gravidade da nova linhagem.

Em outros países, essa variante tem apresentado sinais de maior transmissibilidade, aumentando a circulação do vírus. É importante observar o que vai acontecer no Brasil.  O impacto da chegada dessa variante pode não ser o mesmo aqui porque a memória imunológica da população é diferente em cada país, devido às linhagens que já circularam no passado”, diz Resende

Vacinação Contra essa Variante

Acima de tudo, as vacinas atuais contra a Covid-19, que foram desenvolvidas para proteger contra as subvariantes da Ômicron, também devem oferecer proteção contra a linhagem XEC. Por analogia, o infectologista William Schaffner, do Vanderbilt University Medical Center, nos EUA, afirmou ao portal NewScientist que é esperado que os imunizantes mais recentes continuem eficazes contra essa nova variante.

A versão mais recente da vacina contra a Covid-19 disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) é a SpikeVax, do laboratório Moderna. Trata-se de uma vacina monovalente, que oferece proteção contra a subvariante XBB 1.5, da linhagem Ômicron.

Referência: Portal G1.


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