Quais os Sinais da Ansiedade Infantil e Como Tratar?

Você sabe quais os sinais da ansiedade infantil? Compreenda esse cenário, que aumentou consideravelmente nos últimos anos!

À primeira vista, em meio à correria do dia a dia, muitos pais não percebem que o comportamento dos filhos pode indicar algo mais profundo do que apenas uma fase passageira. Nesse sentido, a ansiedade infantil é um problema real e, quando não identificada ou tratada, pode interferir no desenvolvimento emocional e social da criança.

Nos últimos anos, alguns estudos mostraram um aumento nos casos de depressão e ansiedade entre crianças e adolescentes. Segundo essas pesquisas, a pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo na saúde mental dessa população, contribuindo para o surgimento e agravamento desses quadros.

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Por Que Precisamos Ficar Atentos à Saúde Mental das Crianças?

A ansiedade é uma resposta natural do nosso organismo diante de situações que envolvem medo, expectativa ou preocupação. Em níveis controlados, por outro lado, ela pode até ser benéfica, ajudando na concentração e preparo para desafios.

No entanto, quando a ansiedade se torna constante e desproporcional aos acontecimentos do dia a dia, ela passa a ser um transtorno. Esse estado contínuo de alerta eventualmente desgasta o corpo e a mente, comprometendo a forma como lidamos com as relações, as atividades diárias e até mesmo com o sono e a alimentação.

Sob o mesmo ponto de vista, quando falamos de crianças, esse impacto pode ser ainda mais delicado. A mente infantil está em desenvolvimento, e por vezes elas não conseguem expressar com clareza o que estão sentindo.

O Impacto Imensurável da Pandemia

A pandemia de Covid-19, vale ressaltar, trouxe mudanças drásticas na rotina de crianças e adolescentes. O afastamento escolar, a perda de convívio social, o excesso de tempo em frente às telas e o aumento do estresse familiar criaram um ambiente propício para o surgimento ou agravamento de transtornos como a ansiedade.

Logo, para muitos jovens, a sensação de insegurança e a dificuldade de expressar sentimentos intensificaram ainda mais esse quadro, deixando marcas que seguem impactando sua saúde mental mesmo após o fim do isolamento.

No Brasil, por exemplo, um levantamento realizado pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP) revelou que 35% dos jovens apresentaram quadros de ansiedade ou depressão durante a pandemia.

Especialista Aponta: Quais os Sinais da Ansiedade Infantil?

A psicóloga e fundadora da Tribo Mãe, Marília Scabora, destaca que crianças e adolescentes que enfrentam quadros de ansiedade ou depressão costumam apresentar alterações comportamentais perceptíveis no dia a dia.

Essas mudanças, assim, podem surgir de forma sutil, mas impactam significativamente sua rotina e bem-estar. A seguir, veja os principais sinais que merecem atenção:

Irritabilidade constante: A criança pode reagir com explosões de raiva ou se mostrar mais impaciente do que o habitual.
Inquietação ou agitação: Dificuldade para ficar parada ou manter o foco em uma atividade por muito tempo.
Dificuldade de concentração: Queda no rendimento escolar ou desatenção em tarefas simples.
Alterações no sono: Dificuldade para adormecer, pesadelos frequentes ou sono agitado.
Mudanças na alimentação: Perda de apetite ou compulsão alimentar, dependendo da forma como o corpo reage ao estresse.

"Muitas vezes, eles evitam situações sociais ou atividades que antes eram prazerosas. Em adolescentes, a preocupação excessiva com o futuro ou o desempenho pode ser um indicador importante. É necessário que os pais estejam atentos ao próprio nível de estresse e ansiedade, pois as crianças captam esses sinais."
– Marília Scabora

Dicas para Lidar com as Crises de Ansiedade

A especialista reforça igualmente que uma rotina equilibrada oferece benefícios significativos para o bem-estar de crianças e adolescentes. Então, ela compartilha cinco orientações práticas que ajudam a lidar com crises de ansiedade:

1 – Mantenha uma rotina estruturada: Oferecer previsibilidade no dia a dia deixa a criança mais segura. Estabeleça horários consistentes para as principais atividades, bem como dormir, comer e estudar.

2 – Inclua momentos de relaxamento e autocuidado: Incentive pausas com atividades prazerosas, como brincadeiras livres, meditação ou práticas de atenção plena. Esses momentos ajudam a criança a desacelerar e processar as emoções.

3 – Ensine técnicas de respiração: Mostre como respirar com calma pode ajudar em momentos difíceis. Ensinar a inspirar lentamente pelo nariz e expirar pela boca já é um passo importante para retomar o controle.

4 – Valide os sentimentos da criança: Demonstre que você ouve e respeita o que ela sente. Ao oferecer um espaço seguro para que se expresse, você fortalece o vínculo e ajuda a reduzir a angústia.

5 – Aproxime a criança da natureza: Aproveite os benefícios do ar livre. Caminhar, brincar em um parque ou cuidar de plantas são formas simples, porém eficazes, de aliviar a tensão emocional.

Momento de Buscar Ajuda de Médicos Especialistas

Como resultado, esse estado contínuo em crianças e adolescentes desgasta o corpo e a mente, comprometendo a forma como lidam com as relações, as atividades diárias e até mesmo com o sono e alimentação. Abaixo, portanto, vamos conhecer como algumas especialidades médicas podem ajudar:

Clínico Geral

O clínico geral, desde já, pode ser o primeiro passo para avaliar o quadro geral da criança. Ele então identifica sinais de alerta e orienta sobre o melhor encaminhamento para especialistas.

Pediatra

Além de acompanhar o desenvolvimento físico, o pediatra também observa alterações comportamentais e emocionais. Ele pode orientar os pais e indicar outros especialistas quando necessário.

Psicólogo

O psicólogo pode ajudar a criança a compreender e lidar com suas emoções. Utiliza técnicas específicas para a faixa etária e também orientar a família sobre como acolher e apoiar.

Psiquiatra

Em casos mais complexos, o psiquiatra pode atuar no diagnóstico de transtornos de ansiedade e, se necessário, na prescrição de medicamentos. Trabalha sempre em conjunto com outros médicos.

Fonoaudiólogo

Do mesmo modo, quando a ansiedade interfere na comunicação ou desenvolvimento da linguagem, o fonoaudiólogo pode auxiliar com intervenções específicas e terapias adequadas.

Neurologista

O neurologista investiga se há fatores neurológicos relacionados aos sintomas de ansiedade, como alterações no sono, comportamento ou atenção, por exemplo. Ele atua de forma integrada ao acompanhamento psicológico e pedagógico.

Solicitação de Exames para Melhor Avaliação

Por analogia, os médicos podem solicitar exames para descartar causas neurológicas, hormonais ou metabólicas que possam estar influenciando o comportamento da criança. Isso é comum quando os sintomas se apresentam de forma intensa, repentina ou estão associados a outras alterações físicas.

Exames como por exemplo:

Ressonância Magnética ou Tomografia: Auxiliam na avaliação do cérebro, caso haja suspeita de causas neurológicas.
Eletroencefalograma (EEG): Indicado quando há queixas como lapsos de atenção, confusão ou alterações no sono.
Exames de sangue: Ajudam a verificar deficiências nutricionais, disfunções da tireoide e níveis hormonais, que podem impactar o humor e o comportamento.

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Por fim, a compreensão de quais os sinais da ansiedade infantil é essencial para identificar o problema o quanto antes. Quando detectada, a ansiedade pode ser tratada de forma eficaz com o apoio de especialistas, proporcionando à criança o cuidado que ela precisa para lidar com as dificuldades emocionais.

Para isso, na SPX Clínica Santana de Parnaíba disponibilizamos consulta com médicos especialistas para fornecer cuidado personalizado no tratamento da ansiedade infantil. Caso necessário, realizamos exames de imagem, como Ressonância Magnética (RM) e Tomografia (TC), para investigar quaisquer questões subjacentes.

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